
“E ele respondeu: “Ouvi teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me escondi”. E Deus perguntou: “Quem disse que você estava nu? Você comeu do fruto da árvore da qual o proibi de comer?” Disse o homem: “Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi”. O SENHOR Deus perguntou então à mulher: “Que foi que você fez?” Respondeu a mulher: “A serpente me enganou, e eu comi”.”
(Gênesis 3.10-13 NVI)
Ontem falei sobre o pecado. Como ele é tentador e como nós, invariavelmente, escolhemos o pecado.
Hoje continuamos a leitura, e a narrativa mostra algumas mudanças que acontecem imediatamente após o homem cometer o pecado, logo após a queda.
A primeira mudança é o medo. Essa palavra não havia aparecido até agora na Bíblia. Medo. Homem e mulher viviam em paz, em convívio com Deus, havia confiança. Isso foi quebrado com o pecado e o medo entrou na equação.
Depois, vem a dissimulação, a falta de hombridade. O homem não fala: eu fiz besteira e comi da árvore proibida, me perdoa. Se tivesse feito isso, talvez a Bíblia tivesse terminado ali… mas o caminho que ele escolheu foi o da dissimulação, ele tenta transferir a “culpa” pra “mulher que me deste…”, ou seja, não foi culpa ou escolha dele, homem, mas foi Deus que deu a companheira errada.
Essa história não cola com Deus, mas ele continua, e ouve da mulher história semelhante: não havia sido ela, mas a serpente que a enganou. Zero pedido de perdão. Zero reconhecimento do pecado.
A partir daí o relacionamento com Deus, que era estreito, foi quebrado e o homem como conhecemos foi lançado ao mundo, expulso do Éden. A confiança que existia entre Deus e o homem foi substituída pelo medo, pela hipocrisia e pela mentira.
O homem passa a ter que lutar sozinho pelo seu “sustento”, mas as consequências da queda estão apenas começando, algo muito pior ainda está por acontecer. Como dizemos hoje, essa história ainda vai piorar muito antes de começar a melhorar…
Pai amado, obrigado por preservares e cuidares dessa narrativa tão importante para nós na tua Palavra.
Obrigado por deixares vivas na nossa memória as consequências dos nossos atos. Principalmente, Pai, obrigado por não desistires de nós e por nos restaurares a possibilidade do convívio contigo, sem medo, sem mentira, sem pecado, redimidos que fomos por teu Filho Jesus, nosso salvador.
Em nome dele te louvo e agradeço. Amém.
Autor: Shailon Ian