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Milionária da Mega-Sena e ex-marido travam batalha judicial por R$ 103 milhões

O processo, que tramita desde 2021, avalia se o homem tem direito à metade do prêmio recebido pela mulher em 2020.

Uma disputa judicial envolvendo R$ 103 milhões da Mega-Sena colocou uma mulher e seu ex-marido em lados opostos de um caso milionário que questiona o status de sua relação antes do casamento. O processo, que tramita desde 2021, avalia se o homem tem direito à metade do prêmio recebido pela mulher em 2020.

Foto: Reprodução

A mulher, vencedora do concurso 2306 da Mega-Sena, em outubro de 2020, afirma que o prêmio foi conquistado antes do casamento, quando o casal era apenas noivo. Segundo ela, o relacionamento terminou nove meses após o matrimônio devido ao comportamento “grosseiro” do ex-companheiro. Além disso, a mulher alega já ter doado R$ 10 milhões a ele e R$ 1 milhão para cada um de seus filhos.

O ex-marido, por sua vez, sustenta que o casal mantinha uma união estável antes do casamento e acusa a mulher de agir “de forma sorrateira” ao retirar o prêmio de uma suposta conta conjunta e pedir o divórcio pouco tempo depois. Ele reivindica R$ 66 milhões, metade do valor do prêmio, além de danos morais e materiais.

Segundo informações do processo, o relacionamento começou em abril de 2020 e, após quatro meses, o casal noivou. O prêmio foi anunciado em 7 de outubro de 2020, e o casamento ocorreu três semanas depois, em 29 de outubro. No entanto, a relação terminou em um divórcio, já sob regime de separação total de bens.

O homem argumenta que a convivência antes do casamento configura união estável, o que, de acordo com o Código Civil, garantiria partilha de bens adquiridos durante esse período. Ele relata que, antes do matrimônio, o casal já dividia uma conta bancária e vivia junto, compartilhando até noites em um colchonete na barraca de lanches da mulher.

A mulher nega qualquer intimidade ou convivência antes do casamento, alegando ser evangélica e ter seguido os princípios de sua fé. Ela também refuta a existência de uma conta conjunta e afirma que as finanças eram geridas exclusivamente por ela.

Em dezembro de 2023, a Justiça determinou o bloqueio de 50% dos bens da mulher, mas apenas R$ 22,5 milhões foram encontrados. Uma decisão posterior liberou 10% desse valor. Durante o processo, a mulher admite ter distribuído parte da fortuna para amigos e familiares.

O ex-marido justifica a demora em recorrer à Justiça por se sentir intimidado pelo “poderio econômico” da mulher, afirmando que ela o deixou sem recursos até para uma cirurgia necessária.

Enquanto o caso segue na Justiça, a decisão final sobre o destino dos R$ 103 milhões — ou o que resta deles — permanece indefinida. A batalha legal está centrada na comprovação ou não de que havia união estável antes do casamento, um ponto crucial para definir a partilha do prêmio milionário.

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