Starlink: veja preços da assinatura da internet via satélite de Elon Musk no Brasil
Com mensalidade de R$ 530 mais os custos de instalação, a internet de alta velocidade tem custo bem elevado

Pouco mais de uma semana após ser autorizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a operar no país, a operadora Starlink, do bilionário Elon Musk , divulgou os preços de seus serviços de assinatura e equipamentos para fornecimento de internet via satélite no mercado brasileiro.
O serviço deverá chegar efetivamente ao país no ano que vem, mas já é possível preparar o bolso. Pelo site, clientes podem realizar um pedido de reserva e calcular os preços da mensalidade, além dos custos com equipamento, frete e instalação.
Veja quanto o consumidor precisará desembolsar. Também será preciso incluir impostos.
- Mensalidade do serviço: R$ 530
- Equipamentos: R$ 2.670
- Frete e manuseio: R$ 365
A empresa de Musk chegou a iniciar sua pré-venda no país em fevereiro do ano passado, cobrando US$ 99 (pouco mais de R$ 500) pela reserva da internet via satélite.
Valor ainda alto
O preço pelo serviço, contudo, ainda é considerado bastante elevado – principalmente para a realidade da população brasileira.
Segundo a empresa, o preço tabelado em US$ 499 pelo hardware foi resultado de reduções de custos bancadas pela empresa.
Como start-up, a Starlink ainda contabiliza prejuízo nas vendas dos planos de assinatura em razão do custo dos equipamento. Segundo o presidente da SpaceX, Gwynne Shotweel, a companhia acumula um prejuízo de US$ 1 mil na venda de cada harware.
A Starlink promete velocidades de download entre 100 Mb/s e 200 Mb/s, e latência de até 20 ms na maioria dos locais. O projeto prevê levar 42 mil satélites para a órbita da Terra, sendo que pelo menos 1,8 mil já foram enviados.
O objetivo é oferecer internet de alta velocidade a regiões onde a fibra óptica, mesmo com o advento do 5G, não deve ser alcançada pelo custo de infraestrutura.
Competição entre operadoras
O ingresso da Starlink no mercado brasileiro de internet via satélite a partir do ano que vem já dá novo impulso à disputa entre as operadoras que atuam no setor.
Enquanto as operadoras de telefonia brigam pelo 5G, as de satélite tem ampliado seus investimentos para aumentar a oferta de internet por esse meio, buscando acelerar a velocidade do serviço.
A ViaSat tem investido em uma nova constelação de satélites geoestacionários, o ViaSat-3. A expectativa é que a constelação ganhe três novos satélites, com capacidade de 1Tbps (Terabit por segundo) cada e com velocidades superiores a 100 Mbps (megabits por segundo).
Já a Hughes do Brasil lançará o Júpiter 3 no segundo semestre de 2022. Será o quarto satélite geoestacionário com capacidade de transmissão de dados sobre o Brasil, além de iluminar Canadá, EUA, México e outros.