
Após idas e vindas, com a saída de Maurício Valeixo e o impedimento da nomeação de Alexandre Ramagem pelo Supremo, o cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF) já tem um novo nome e ele é Rolando Alexandre de Souza, que ocupava atualmente uma função na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Nomeado nesta segunda-feira (4), Rolando é delegado da Polícia Federal e exercia o cargo de secretário de Planejamento da Abin. Considerado como braço direito de Alexandre Ramagem na instituição, o agora gestor da PF já foi superintendente da Polícia Federal em Alagoas entre 2018 e 2019.
Rolando também teve o cargo de chefe do Serviço de Repressão a Desvio de Recursos Públicos, além de ocupar cargos de chefia na Divisão de Combate a Crimes Financeiros e na superintendência em Rondônia.
Ainda não se sabe se o novo diretor ocupará o cargo de forma permanente ou ficará apenas até o processo envolvendo a nomeação de Alexandre Ramagem ser resolvido, mas o fato é que o nome de Souza é classificado por policiais federais como de um delegado “aberto ao diálogo e com predileção por números na hora de elaborar ações”.
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Antônio Boudens, destaca, por exemplo, que Rolando tem uma carreira que desperta o respeito entre seus pares, e ressalta a responsabilidade do novo gestor com o momento vivido pela PF.
– Ele chega com o peso do impedimento de [Alexandre] Ramagem – afirma.
O novo diretor-geral também é conhecido por ser um forte combatente contra a corrupção. Em 2017, durante um evento no Mato Grosso, ele falou dos danos causados pelos corruptos e disse que eles eram tão perigosos quanto traficantes.
– A corrupção mata. Achar que o traficante da esquina é mais perigoso que o político corrupto é uma falácia. Político mata muito mais que bandido – declarou, à época.