

A pesquisadora líder do Instituto de Virologia de Wuhan, Shi Zhengli, teria testado ao menos dois novos coronavírus em “ratos humanizados”. A cientista negou que o laboratório conduza pesquisas militares e a possibilidade de o vírus ter vazado do local. Mas, em entrevista ao Scientific American em março de 2020, ela afirmou que ficou aliviada ao saber que as sequências genéticas dos vírus nos pacientes da Covid-19 não corresponderam às dos vírus que sua equipe coletou em cavernas de morcegos.
– Isso realmente tirou um peso da minha mente. Há dias que eu não dormia nada – disse ela na ocasião, detalhando ter “examinado freneticamente os registros de seu próprio laboratório nos últimos anos para certificar se havia manuseio incorreto dos materiais experimentais”.
Apesar de a hipótese ser encarada com “teoria da conspiração”, o Departamento de Estado reconheceu a possibilidade e criticou o Partido Comunista Chinês por impedir uma “investigação transparente e completa da origem da pandemia Covid-19”, apontou o Daily Mail.
– Alternativamente, um acidente de laboratório poderia assemelhar-se a um surto natural se a exposição inicial incluísse apenas alguns indivíduos e fosse agravada por infecção assintomática – diz folheto informativo da entidade.
De acordo com o Departamento de Estado, o Instituto de Wuhan “colaborou em publicações e projetos secretos com os militares da China”, enquanto “apresentava-se como uma instituição civil”.
– A WIV está engajada em pesquisas confidenciais, incluindo experimentos com animais de laboratório, em nome dos militares chineses desde pelo menos 2017.
A investigação da Vanity Fair diz ainda que Gilles Demaneuf, cientista de dados do Banco da Nova Zelândia em Auckland, descobriu quatro vazamentos do SARS de laboratórios desde 2004, sendo dois deles em importante centro de pesquisa de Pequim.