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Gospel

“Deus colocou o povo em casa para um despertamento espiritual”, afirma pastor

Marcelo Cruz fala sobre o papel da igreja em meio à pandemia e o que Deus está dizendo ao mundo.

Continuando a nossa série de entrevistas com líderes e pastores de diversas denominações para entender o momento que estamos vivendo, como a igreja deve se portar e o que Deus está dizendo ao mundo, conversamos com o pastor Marcelo Cruz.

Para o pastor, “é um tempo de fortalecimento espiritual”. Ele afirma que a igreja está “olhando para dentro de si”, e que as pessoas e famílias estão fazendo uma reavaliação de suas condições espirituais.

Cruz acredita que a igreja precisa “- antes de olhar para fora – olhar para dentro e apurar seu estado espiritual”. “Fazer um ‘double check’, repensando e validando suas disciplinas espirituais”, enfatiza.

Sobre o papel da igreja, ele cita que se deve “cooperar com o enfrentamento da pandemia, sem querer espiritualizar tudo”. O pastor não minimiza o fator espiritual, mas pede cuidado com posturas erradas no trato das coisas naturais.

“É preciso convergir”, diz. “A igreja precisa ser uma aliada das autoridades no enfrentamento da pandemia” e ser a primeira a “cooperar com decretos, sem fazer leituras partidárias”.

Também fala sobre a importância de ajudar pessoas mais vulneráveis e dos grupos de risco, citando que em seu ministério, pessoas com mais de 60 anos foram contactadas para saber como estavam e se precisavam de alguma ajuda.

O que podemos aprender?

“Lideranças estão sendo esticadas”, afirma. O líder da AV Tubarão diz que é preciso se reinventar neste tempo.

Para ele, a pandemia tem evidenciado que “não existe uma única forma, nem método de ser igreja”. “O que é contemporâneo hoje, amanhã se torna obsoleto”, explica.

Ele diz que a crise “pegou muitos líderes de surpresa” e que esse é um tempo de unidade. Não necessariamente unidade de modelo, “mas de lideranças e propósitos”.

“Nós temos que aprender que mais importante que erguer uma bandeira denominacional, é erguer a bandeira do Senhor Jesus”, complementa.

“Não podemos mais perder tempo com uma vida que gira em torno da minha comunidade local. Temos que ter uma convergência de unidade”, enfatiza.

O pastor ensina que a igreja não deve ter uma visão humanista e natural ou até reducionista da pandemia, mas deve “fazer uma leitura espiritual de tudo que está ‘oculto’”.

“O mundo espiritual é muito mais real que o mundo natural”, lembra. “Nós estamos sim numa guerra cultural, ideológica, não podemos fechar nossos olhos para isso… mas precisamos aguçar nossos sentidos para discernir a batalha espiritual”, completa.

O que se modificará?

“Quase tudo”, afirma. “Não só a igreja não será mais a mesma, como o mundo, as famílias e os negócios”, complementa.

Cruz diz que é preciso “otimizar o tempo com o que de fato importa”, e, acabar com as distrações de uma agenda de entretenimento “será fundamental”.

O pastor ensina que “o que fizemos até agora, nos trouxe até aqui”, portanto, será preciso utilizar formas e métodos diferentes para não ficar “parado no tempo”. Por isso, é preciso “colocar em xeque o jeito que se fazia igreja”.

“O que se fez em 50 anos, nós levaremos apenas dez para alcançar a mesma proporção”, acredita. Salienta, contudo, que não é preciso sair da pandemia com uma corrida desenfreada, mas é necessário ter o que ele chama de “espera inteligente”, ou seja, “ouvir o Espírito Santo sobre o passo da vez”.

Marcelo afirma que relacionamentos saudáveis serão – mais do que nunca – colunas na igreja e diz que muitas foram “pegas de surpresa” na pandemia, justamente por problemas relacionais na membresia.

“Imagina uma igreja que estava atravessando um período turbulento e pegou essas ‘colunas’ fragilizadas”, exemplifica. “Investir em lideranças será uma questão de sobrevivência daqui para frente”, assevera.

Marcelo Cruz (Divulgação)

Estamos preparados?

“Sim e não”, afirma. “Sim” para igrejas em que os pastores estavam preparados “emocional e financeiramente”. “Igrejas bem estruturadas organizacionalmente e fundamentadas eclesiasticamente”, pontua.

O líder da AV Tubarão diz que o segredo está em focar no processo e preparar líderes maduros. Porque se “algumas pessoas maduras estão passando instabilidades, imagina os imaturos”.

Contudo, o pastor é otimista e lembra que a igreja é a única instituição que pode “mudar este quadro”. “Não é o governo, OMS ou medicina, mas Jesus que é a fonte da solução”, pondera.

O pastor cita a passagem em que Josué ora e Deus faz o sol parar para enfatizar o poder divino para “acalmar a tempestade”.

O que Deus está dizendo?

“Eu estou no controle!”, diz.

“Querendo ou não, concordando ou não, Ele está no controle e ponto”, enfatiza. Cruz cita a soberania de Deus e rememora a promessa bíblica dada por Cristo de que “as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja”.

Cita o recente evento The Send (o envio) e afirma que “Deus enviou as pessoas para dentro de suas casas”.

O pastor diferencia avivamento de despertamento dizendo que o primeiro “dura meses”, enquanto o segundo, “dura décadas”.

“O mundo parou para que o despertamento comece a partir das casas”, acredita.

Concluiu profetizando que “uma chama vai arder continuamente nas casas que foram incendiadas e será uma resposta para essa geração, preparando a igreja para a volta de Jesus”.

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