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Alianças entre países, fundamental para enfrentar aquecimento global

Por José Reinaldo Tavares

O impacto das reuniões da COP no aquecimento global tem sido caracterizado por um retumbante fracasso. Elas estabelecem limites e prometem fundos financeiros que nunca são disponibilizados e assim nada do que fica decidido nessas reuniões globais consegue deter o aquecimento crescente. Reuniões existem desde 1960, não será por falta delas, mas sem conseguir a concordância global e recursos a tendência é o fracasso. Buscar concordância global para um assunto complexo como esse é quase uma utopia.

O nível dos mares está subindo, a desertificação avança na Costa Oeste dos EUA, Sul da Europa, Norte da África, Sul da Ásia, Austrália com implicações catastróficas para a alimentação, saúde humana, produção de alimentos, migração humana a ponto de criar uma enorme preocupação de que comida e água poderão ocasionar guerras inevitáveis. O derretimento do gelo polar mudará radicalmente as correntes oceânicas o que já está em andamento.

A Tundra Ártica está descongelando rapidamente formando lagos poligonais, com liberação catastrófica de CO2 entre 50-250 GT lançadas ao ar até 2100. Só para comparar as emissões de CO2 atuais são de 38 GT ao ano. Muitos países como Chipre, Líbano, Bharain, Qatar, Emirados Árabes Unidos, entre vários outros, tem um risco de estresse hídrico até 2050 de 80%, extremamente alto.

Um estresse térmico afeta humanos, animais, plantas, acelera a perda de biodiversidades, trazendo um clima imprevisível, volátil e riscos não seguráveis. Ou seja pode resultar em fome, agitação social, aumento da migração humana, inundações costeiras e erosão, aumento do nível do mar, com cidades costeiras
parcialmente submersas, um desastre econômico global.

O que pode ser feito? Esperar por um consenso global não é solução, mas pequenos grupos de países com objetivos comuns, necessidades urgentes, ambições e recursos podem formar alianças onde se apoiariam mutuamente na solução dos problemas. Em um momento de tensão geopolítica, isso é um desafio, mas possível.

Nós da SEDEPE já estamos sendo procurados, para deflagrar um novo cenário, que envolveria todo o país, com uma presença nossa indispensável em todo o processo. O ambiente de cordialidade política, uma marca do governo Brandão, poderá unir a classe política maranhense em torno da maior oportunidade de desenvolvimento socioeconômico de que já tivemos em um projeto que ao meu ver torna indispensável os
aconselhamentos do presidente José Sarney e o uso de sua enorme influência e experiência política. O Brasil nessa aliança poderia se tornar um exportador líder de energia verde e o principal exportador de alimentos, duas das maiores carências globais decorrentes do aquecimento, e com isso o Brasil terá garantida transferência de tecnologias avançadas e financiamento para seu desenvolvimento. Pelo seu tamanho será um parceiro cobiçado para alianças, cabe a nós escolher a melhor possível, o que já estamos fazendo, pois esses parceiros
também precisam ajudar a suprir nossas carências em tecnologias e recursos para investimentos.

O Maranhão pela excelência dos seus portos e estar ligado a todo o sistema ferroviário brasileiro e sul americano, por estar na zona equatorial e não ser muito quente, por ter ventos constantes, terrenos baratos, água doce abundante, ter ZPE, fazer parte importante do agronegócio, torna-se parte essencial da aliança proposta, indispensável mesmo, e cabe a nós através do governador Carlos Brandão levar essa proposta para o
presidente da república, logo que os outros países da aliança confirmarem as parcerias, o que necessariamente terá que envolver entres do governo federal nessa discussão prévia ao acordo com os outros países. Essa aliança, além de tudo, vai dar grande e indispensável contribuição para descarbonizar o mundo tirando do ar centenas de milhões de quilos de dióxido de carbono contribuindo efetivamente para o desaquecimento global.

É um grande desafio mas é possível dar certo.

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