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Autoridades judaicas pedem ‘esclarecimentos’ de fala do Papa

O Vaticano recebeu uma carta endereçada ao cardeal Kurk Koch, presidente do Conselho para a Unidade dos Cristãos, relatando a preocupação de líderes judeus com falas do Papa Francisco durante uma liturgia em 11 de agosto. As informações foram publicadas pelo portal católico II Sismografo nesta quarta-feira (25).

O documento, assinado pelo rabino Rasson Arousi, presidente da Comissão do Grão-Rabinato de Israel para o Diálogo, pede esclarecimentos ao pontífice que, ao citar a leitura da Carta de Paulo aos Gálatas, deu a entender que “a lei judaica está obsoleta”.

Em reflexão sopre a passagem do Novo Testamento, o Papa expõe que “o apóstolo explica aos Gálatas que a Aliança com Deus e a Lei de Moisés não são ligadas de maneira indissolúvel”.

– A Lei não está na base da Aliança porque surgiu sucessivamente e era necessária e justa, mas antes tinha a promessa, a Aliança. São Paulo não era contrário à Lei de Moisés porque a respeitava e, mais de uma vez, defendeu sua origem divina – disse Francisco.

– A Lei, porém, não dá a vida, não oferece o cumprimento da promessa porque não estava na condição de poder realizá-la. A Lei é um caminho que te leva adiante para o encontro – acrescentou.

Para os líderes que assinaram a carta, o pontífice mostrou que a fé cristã não dá mais a vida, implicando na obsolescência do judaísmo. O rabino Arousi diz que a declaração demonstra um ensinamento “desdenhoso contra os judeus e contra o judaísmo”. Ao final da carta, as autoridades pedem que o cardeal Koch “transmita sua angústia ao papa Francisco” e também peça um esclarecimento para “assegurar que qualquer conclusão depreciativa seja claramente repudiada”.

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