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Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Estado Islâmico, aparece em vídeo pela primeira vez em 5 anos

'Califa' do EI aparece sentado falando com outras pessoas e cita vingança. Data das imagens é desconhecida.

O líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, apareceu pela primeira vez em cinco anos em um vídeo de propaganda transmitido pela organização jihadista nesta segunda-feira (29).

A data em que este vídeo foi feito não é conhecida, mas Abu Bakr al-Baghdadi, líder do autoproclamado “califado” jihadista em 2014, declara que “a batalha por Baghuz acabou”, em referência à ação do último grupo ultrarradical no leste da Síria, e que caiu em 23 de março de 2019.

No entanto, insiste que as operações do EI contra o Ocidente são parte de uma “longa batalha”, e que o grupo jihadista “vingará” os membros que foram mortos.

“Virá mais depois desta batalha”, enfatizou.

Bagdadi, de 47 anos, exibia uma longa barba grisalha que parecia tingida de hena e falava devagar, muitas vezes parando por vários segundos no meio de suas frases.

Ele apareceu pela primeira vez em público em Mossul, em 2014, onde declarou um “califado” islâmico nas faixas do território do EI que controlavam na Síria e no Iraque.

Desde então, ele foi considerado morto ou ferido várias vezes.

Sua última gravação em áudio dirigida a seus seguidores foi divulgada em agosto, oito meses depois que o Iraque anunciou a derrota do EI.

Quem é Abu Bakr Al-Baghdadi?

Nascido na cidade de Samarra, no Iraque, em 1971 com o nome Ibrahim Awad Ibrahim Ali al Badri al Samarrai, Baghdadi trabalhou como imã durante anos, antes de se unir à resistência armada contra a ocupação americana do Iraque, em 2003.

Foi detido e encarcerado no campo de prisioneiros de Bucca, administrado pelos EUA, em 2004, antes de se reengajar na luta jihadista.

Ibrahim, o antigo orador, também conhecido como Abu Duaa, optou finalmente pelo codinome Abu Bakr al Baghdadi al Hosseini al Quraishi, em homenagem a Abu Bakr, primeiro califa após a morte de Maomé, e à tribo do profeta, Al Quraishi.

Baghdadi é considerado um dos terroristas mais procurados no mundo, e os Estados Unidos oferecem US$ 25 milhões por qualquer informação sobre ele.

Wassim Nasr, especialista em movimentos jihadistas e autor do livro “Etat islamique, le fait accompli” (“Estado Islâmico, missão cumprida”, em tradução livre), afirmou à agência Efe que Baghdadi “conhece a clandestinidade há 10 anos”, razão pela qual sabe as técnicas para se esconder no território que conhece, como é a fronteira “aberta” entre a Síria e o Iraque.

Seja no deserto sírio, onde o EI tem presença, ou na província iraquiana de Ambar, que faz fronteira com a Síria, o líder jihadista dispõe de esconderijos, disse Nasr.

Segundo o especialista, a morte ou captura de Baghdadi não significaria o fim do EI, embora ressalte que seria um grande golpe para a organização, que poderia levar a algumas mudanças em sua estrutura.

Mas, em nenhum caso, provocaria o fim do grupo, uma vez que, segundo o analista, continuará atuando, como está demonstrando no Iraque, com ataques, assassinatos e sequestros, apesar de o governo iraquiano ter anunciado sua derrota em dezembro de 2017.

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