Neto do ex-presidente Lula morre aos 7 anos por meningite

O neto de 7 anos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Arthur Araújo Lula da Silva, morreu hoje em decorrência de uma meningite meningocócica. A informação foi confirmada pelo Hospital Bartira, do grupo D’Or, em Santo André (Grande São Paulo). Arthur deu entrada no hospital às 7h20 e teve a morte registrada às 12h11.
Os advogados de Lula afirmaram que vão entrar com pedido para que o ex-presidente deixe a Superintendência da PF em Curitiba, onde está preso desde 7 de abril de 2018, para acompanhar o velório e o enterro.
Arthur era filho de Sandro Luis Lula da Silva, filho de Lula e da ex-primeira-dama Marisa Letícia, e de Marlene Araujo Lula da Silva. O menino esteve duas vezes na PF em Curitiba para visitar o avô.
A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana que provoca inflamação entre as meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Os principais sintomas são febre alta, dor de cabeça forte e náuseas.
No Twitter, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmnann, diz que fará “de tudo” para que o ex-presidente possa acompanhar o velório e enterro do neto.
“Presidente Lula perdeu seu neto hoje. Que tristeza. Arthur tinha 7 anos e foi vítima de uma meningite. Força presidente, estamos do teu lado, sinta nosso abraço e solidariedade. Faremos de tudo pra q vc possa vê-lo. Força a família, aos pais Sandro e Marlene. Dia muito triste”, disse Gleisi.
Presidente Lula perdeu seu neto hoje. Que tristeza. Arthur tinha 7 anos e foi vítima de uma meningite. Força presidente, estamos do teu lado, sinta nosso abraço e solidariedade. Faremos de tudo pra q vc possa vê-lo. Força a família, aos pais Sandro e Marlene. Dia muito triste
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) 1 de março de 2019
Em janeiro, ao pedir permissão para que Lula deixasse a Superintendência da PF e acompanhasse o funeral do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, a defesa do ex-presidente usou como argumento o artigo 120 da Lei de Execução Penal, que prevê que presos podem deixar a cadeia em caso de morte de “cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão”.
Na ocasião, a juíza responsável pela execução penal de Lula, Carolina Lebbos, não concordou com a saída do petista após manifestações contrárias da PF e do MPF (Ministério Público Federal) . Eles alegaram, entre outras razões, dificuldade estratégica de garantir a segurança do preso e dos agentes oficiais que fizessem sua escolta, a Polícia.
A defesa acionou o STF (Supremo Tribunal Federal), e o presidente da corte, Dias Toffoli deliberou sobre o caso a poucos minutos do enterro. O ministro permitiu que Lula viajasse a São Bernardo para se encontrar com familiares, mas o ex-presidente, que já não tinha mais tempo para acompanhar o funeral, recusou a autorização e permaneceu em Curitiba.
Lula está preso na superintendência da PF em Curitiba desde o dia 7 de abril. Ele foi condenado, no ano passado, em segundo instância a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex. Este ano, o petista foi condenado a mais 12 anos e 11 meses de prisão no caso do sítio de Atibaia em primeira instância. A defesa alega inocência e diz que o ex-presidente sofre perseguição política.
Fonte: UOL