
Com uma gestão desastrosa e uma relação inexiste com oparlamento municipal, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), conhecido no meio político como Braide Jaquetinha, pode estar com os dias contados no comando do Palácio La Ravardière, sede do poder executivo municipal da capital maranhense. Isso porque a Câmara Municipal recebeu três pedidos de afastamento do prefeito.
O presidente da Câmara Municipal de São Luís, Paulo Victor (PCdoB), explicou, durante sessão ordinária desta segunda-feira (08), sobre os trâmites que tratam do rito da admissibilidade ou não dos pedidos de impeachment contra o prefeito de São Luís.

De acordo com o chefe do Legislativo, dos três pedidos de afastamento e de cassação contra o gestor, que foram protocolados na semana passada na Casa, dois já contam com pareceres. Ele, entretanto, não deu maiores detalhes sobre as deliberações e apenas afirmou que os documentos tratando das providências serão enviados aos gabinetes dos vereadores.
“Lembrando que hoje a gente tem que tomar a disposição e eu tenho que remeter aos gabinetes de Vossas Excelências os pedidos que chegaram a essa Casa, sendo que dois já foram analisados com pareceres prévios, que iremos fazer uma leitura prévia com resumo dos pareceres e, logo em seguida, emitiremos para os gabinetes de Vossas Excelências os pedidos de afastamento que deram entrada no decorrer da semana passada”, declarou.
Durante a sessão, o vereador Umbelino Júnior (sem partido), que no momento exercia a função de primeiro secretário da Mesa Diretora, leu dois pareceres da Procuradoria da Casa contrários aos pedidos de afastamento de Eduardo Braide. Um terceiro pedido de afastamento ainda está sendo analisado.
Apesar dos dois primeiros pedidos receberem pareceres contrários, a matéria deverá ser submetida a votação em plenário.

O prefeito Braide Jaquetinha nos últimos dois anos e cinco meses sempre teve uma relação conturbada com o parlamento, com demonstrações de tratamento hostil e de desprezo aos parlamentares. Ele chegou a construir uma maioria para compor sua base, mas aos poucos foi perdendo espaço e praticamente não tem apoio dos vereadores.
Analistas políticos consultados pelo Jornal Itaqui-Bacanga acreditam que a situação do prefeito é totalmente desconfortável e caminha para um sentido irreversível.