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Rei Pelé! O maior jogador de futebol da história

Conheça a trajetória de rei do futebol.

O ex-jogador Pelé morreu hoje após um longo histórico recente de problemas de saúde. Rei do Futebol, maior jogador da história e autor de feitos inigualáveis, Edson Arantes do Nascimento, seu nome verdadeiro, foi tricampeão do mundo com a seleção brasileira (1958, 1962 e 1970) e bicampeão do Mundial Interclubes com o Santos (1962 e 1963). Foi também o maior artilheiro da história do futebol, com 1.281 gols em 1.363 partidas.

Se hoje jogadores trocam de clube a cada temporada, Pelé foi um homem de apenas três camisas: Santos (1956 a 1974), New York Cosmos (1975 a 1977), além da seleção brasileira (1957 a 1971). Também foi ele quem deu origem à mística da camisa 10.

Pelé chegou à Baixada Santista ainda com 15 anos, franzino, mas com infinita habilidade tanto no pé esquerdo quanto no direito. Conquistou tudo e mais um pouco com a camisa do Peixe e, sem nenhum exagero, encantou o mundo. As condições da época fizeram com que o jogador permanecesse atuando por um time brasileiro em vez de se render ao mercado europeu, algo inimaginável nos tempos atuais.

Só anos mais tarde, após ter encerrado a carreira pela primeira vez, Pelé aceitou o desafio de desenvolver o futebol nos Estados Unidos e foi transferido para o Cosmos, de Nova York. Não demorou muito e arrastou para lá outros craques da bola que divertiam um público antes acostumado ao futebol da bola oval, o futebol americano. Sem nunca perder a majestade, o Rei aposentou suas chuteiras, de forma definitiva, por lá mesmo e passou então a ser um embaixador mundial do futebol.

Pelé para sempre será sinônimo de seleção brasileira, ainda que essa por vezes seja maltratada em escândalos de corrupação ou Mundiais perdidos. Foi uma vida inteira dedicada à camisa verde-amarela: jogou quatro Copas do Mundo (1958, 1962, 1966 e 1970), tendo disputado 114 jogos e marcado 95 gols. Mas mais do que isso, a imortalidade da camisa 10. O número às costas já indica que dali se espera ao menos alguns lampejos de craque.

Primeiros dribles

Edson nasceu em 23 de outubro de 1940, em Três Corações (MG), e foi morar em Bauru (SP) logo aos cinco anos. O nome foi uma homenagem dos pais, Celeste Arantes e João Ramos do Nascimento, o Dondinho, ao inventor da lâmpada elétrica Thomas Edison. O apreço especial pela bola levou o garoto, então conhecido apenas como Dico, a se dedicar ao futebol profissional. Ainda como criança, atuou pelos pouco lembrados Canto do Rio e BAC (Bauru Atlético Clube).

O apelido Pelé surgiu porque o garoto não conseguia pronunciar direito o nome de seu jogador favorito, o quase esquecido goleiro Bilé, do Vasco. Ex-jogador do Santos e da seleção brasileira, foi Waldemar de Brito o responsável por levar o menino para o Santos. Para isso, teve que convencer a mãe de Pelé, Celeste, de que o garoto seria bem cuidado no time da Vila Belmiro.

Com 15 anos, Pelé seguiu para o clube com a recomendação de Brito, dada ao técnico Lula, do time profissional, de que aquele garoto ainda seria o  melhor jogador do mundo. Uma profecia.

No profissional

Pelé fez sua estreia no time profissional aos 15 anos, em 7 de setembro de 1956. Em amistoso com o pequeno Corinthians de Santo André teve um desempenho impressionante, marcando um dos gols na vitória por 7 a 1.

A partir daí, Pelé colecionou façanhas. Foi campeão paulista em 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973, em seu penúltimo ano com a camisa santista. Também ganhou o Torneio Rio-São Paulo, um dos embriões do atual Campeonato Brasileiro, em 1959, 1963, 1964 e 1966. Pelo Santos, ainda faturou o título da Taça Brasil em 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965 e da Taça de Prata de 1968. Posteriormente, a CBF oficializou esses torneios como equivalentes ao Brasileirão atual.

Pela seleção brasileira, além do tricampeonato mundial, ganhou também a Copa Rocca (1957 e 1963), Taça do Atlântico (1960), Copa Oswaldo Cruz (1958, 1962 e 1968) e Taça Bernardo O’Higgins (1959).

Rei do Futebol

Ao contrário do que se pensa, o apelido de Rei do Futebol foi conquistado por Pelé ainda adolescente. Convocado para a Copa do Mundo de 1958 aos 17 anos, o camisa 10 estreou pelo Brasil apenas no terceiro e decisivo jogo com a União Soviética. Pelé não marcou, mas teve atuação espetacular na vitória da seleção por 2 a 0.

No jogo seguinte já foi decisivo, sendo o autor do gol da vitória sobre o País de Gales nas quartas de final. Mostrando  muito repertório, Pelé conseguiu superar a retranca galesa, levando o Brasil para as semifinais.

Na semifinal, foi determinante para o Brasil superar a França, em goleada por 5 a 2. O time francês, que contava com talentos como Kopa e Fontaine, conquistaria o terceiro lugar. O menino não ligou para a pressão e fez dois gols.

Na decisão, contra a Suécia, Pelé foi novamente fundamental para outra goleada: 5 a 2, com mais dois gols dele. Aos 17 anos, menor de idade, o jogador já era campeão do mundo e escolhido pela Fifa como o melhor jovem jogador do Mundial. Por suas excelentes atuações, a imprensa francesa o apelidou precocemente (e de maneira acertada) como Rei do Futebol.

Frustrações

Na Copa seguinte, disputada no Chile em 1962, Pelé machucou a virilha logo no segundo jogo do Brasil e não atuou mais naquele Mundial. Amarildo, apelidado de o “Possesso”, seu substituto, acabou ajudando a seleção brasileira a conquistar o bicampeonato.

Quatro anos depois, Pelé chegou à Copa da Inglaterra, aos 25 anos, no auge da forma e já com o status de maior jogador do mundo da bola. Mas colecionou nova frustração. Caçado em campo, sob a tolerância da arbitragem, Pelé disputou apenas dois dos três jogos do Brasil naquela Copa. Com Garrincha, atuaram juntos pela seleção brasileira pela última vez na vitória sobre a Bulgária por 2 a 0. Com os dois em campo o Brasil jamais perdeu uma partida.

Mas as derrotas para Portugal e Hungria, ambas por 3 a 1, eliminaram precocemente a seleção brasileira da Copa, do sonho do tricampeonato e da posse definitiva da Taça Jules Rimet, dada ao país que conquistasse três títulos mundiais.

Consagração em 1970

Aos 29 anos, muitos achavam que Pelé estava velho para jogar outra Copa do Mundo. O próprio jogador chegou a dar entrevista antes do Mundial lembrando suas decepções em 1962 e 1966. “Talvez a Copa não seja para mim”, lamentou. Durante a preparação, o então técnico da seleção, João Saldanha, chegou a dizer que o craque sofria de miopia, o que o atrapalharia em campo. Anos depois, Pelé reconheceu que passou pelo problema.

Com a queda de Saldanha, um treinador identificado como opositor à ditadura militar que governava o país, Zagallo assumiu como treinador. E em nenhum momento pôs em dúvida a participação de Pelé na seleção.

Naquela Copa, junto com craques como Gérson, Rivellino, Tostão e Jairzinho, Pelé se consagraria com o tricampeonato mundial. Para muitos, o futebol apresentado pela seleção de 1970 fizeram daquele time o melhor de todos os tempos.

O Brasil foi superando os adversários um a um. Na primeira fase, o Brasil superou a Tchecoslováquia na estreia, goleando por 4 a 1, após sair em desvantagem. No jogo seguinte, a maior dificuldade da fase inicial: a campeã mundial Inglaterra. Com um ataque poderoso, o Brasil atacou durante todo o momento, mas o gol só surgiu após boa jogada de Tostão e passe para Jairzinho finalizar. O Furacão da Copa terminaria o Mundial tendo marcado gol em todos os jogos do Brasil.

Já classificado, Zagallo optou por dar oportunidade a vários reservas na partida seguinte, contra a Romênia. O Brasil venceu por 3 a 2.

Nas quartas de final, a seleção superaria o Peru, que ostentava sua melhor geração de jogadores, com craques como Cubillas e era dirigido pelo brasileiro Didi. Nada que fosse páreo para a seleção, que venceu por 4 a 2.

Na semifinal, um adversário tradicional e velha pedra na chuteira da seleção brasileira: o Uruguai. O time celeste saiu na frente, mas o Brasil empatou ainda no primeiro tempo. E virou para 3 a 1 na segunda etapa, com gols de Clodoaldo, Jairzinho e Rivellino.

A final foi contra a Itália. Jogo nervoso no estádio Azteca, na Cidade do México, já que, quem ganhasse, ficaria com a posse definitiva da Taça Jules Rimet. Os italianos também eram bicampeões do mundo (1934 e 1938).

Fonte|R7.com

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