O enfraquecimento político do oligarca Carlos Brandão já não é mais um segredo nos bastidores do poder. Após tentar manipular a opinião pública utilizando aliados para repercutir gravações clandestinas contra deputados, inclusive de sua própria base, Brandão colhe agora o amargo fruto da sua estratégia autoritária e rasteira.
Enquanto o escândalo da arapongagem no Palácio dos Leões ganhava os microfones da Câmara Federal pelo discurso firme do deputado Rubens Pereira Jr. (PT), a ministra da Articulação Institucional, Gleisi Hoffmann, cada vez mais consciente de quem é Brandão, ela também trabalha para que o presidente Lula fique mais distante da sujeira, da traição, baixaria do oligarca Brandão e sua turma.
Estavam com Gleisi a senadora Ana Paula Lobato (PSB), o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) e os estaduais Carlos Lula (PSB) e Othelino Neto (Solidariedade). Um sinal claro de que o PT já articula outro caminho no estado, sem Brandão.
Aliás, o isolamento do governador chegou a níveis constrangedores: na última semana, ele perambulou por Brasília em busca de uma audiência com o presidente Lula, e foi solenemente ignorado. A reunião, inicialmente marcada para quinta-feira (16), foi adiada sucessivamente, e, até agora, segue sem nova data. Um recado direto do Planalto: não há espaço para coronéis da velha política no projeto de 2026.
O que se vê hoje é um Carlos Brandão cada vez mais acuado, criticado por dentro e por fora, e à beira de um colapso político. Sua trajetória recente é marcada por arrogância, prepotência, traições e uma sede desmedida de poder, típica dos velhos oligarcas que insistem em acreditar que o Maranhão é um feudo particular.
Com a base ruindo, a confiança do governo federal evaporando e o nome envolvido em escândalos graves, o Oligarca Brandão segue sendo enfraquecido — e, ao que tudo indica, o fim de sua hegemonia se aproxima com a força de um vendaval.
