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Mais de oito deputados estão envolvidos em esquema de emendas do governo Brandão, aponta PF

A Polícia Federal investiga um esquema de desvio de recursos públicos da Secretaria de Estado da Cultura (Secma), articulado durante o governo do oligarca Carlos Brandão. O caso envolve o uso de emendas parlamentares destinadas a projetos culturais e levanta suspeitas de compra de apoio político de deputados estaduais da base governista na Assembleia Legislativa do Maranhão.

As apurações estão em andamento e apontam que pelo menos oito deputados estaduais podem estar ligados ao esquema. De acordo com a PF, parte das emendas foi destinada a instituições culturais de fachada, contratadas para a realização de eventos que nunca aconteceram. Os valores desviados teriam sido redistribuídos entre gabinetes, assessores e intermediários, com o objetivo de garantir fidelidade política ao Palácio dos Leões.

A operação foi deflagrada após a prisão de Larissa Rezende, assessora parlamentar e sobrinha do ex-deputado estadual Stênio Rezende, apontado como um dos articuladores das emendas suspeitas. Em depoimento, Larissa detalha o envolvimento do tio no direcionamento dos recursos. Stênio é casado com a deputada estadual Andrea Martins Rezende (PSB).

Veja o trecho do depoimento:

Constam nos documentos apreendidos pela PF os nomes dos parlamentares Cláudia Coutinho (PDT), Guilherme Paz (PRD), Wellington do Curso (Novo), Júnior Cascaria (MDB), Marreca Filho (PRD), Helena Duailibe (Progressistas), Antônio Pereira (PSB) e Arnaldo Melo (Progressistas). Todos tiveram emendas destinadas a projetos culturais financiados pela Secma e agora estão sob suspeita.

Até o momento, as investigações indicam que mais de R$ 2 milhões podem ter sido desviados, embora o valor real seja considerado muito superior. A PF trabalha com a hipótese de que o caso seja parte de um esquema mais amplo de corrupção envolvendo diferentes setores do governo.

PF apreendeu mais de R$ 400 mil

Fontes ligadas à investigação afirmam que essa é apenas a ponta do iceberg e que novos desdobramentos podem ocorrer, incluindo novos e possíveis prisões de pessoas ligadas ao núcleo político do governo Brandão.

Enquanto a apuração avança, cresce a pressão sobre o governo do oligarca, acusado de usar recursos da Cultura para manter sua base aliada e garantir votos favoráveis em projetos estratégicos na Assembleia Legislativa.

O caso já se consolida como um dos maiores escândalos políticos da atual gestão, colocando o governador Carlos Brandão no centro de uma crise de credibilidade e desgaste político que tende a se aprofundar com o avanço das investigações.

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