
Valdinar da Silva foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da companheira, Ingride Taís Ferreira, ocorrido em março de 2024, no povoado Campo de Lírio, zona rural do município de São Benedito do Rio Preto, no Maranhão.
O julgamento foi realizado no último dia 29 de setembro, no Fórum de Urbano Santos, sob a presidência do juiz Humberto Alves Júnior, designado pela Corregedoria Geral da Justiça.
Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, Valdinar e Ingride mantinham uma união estável havia cerca de quatro anos e tinham um filho de 11 meses.
Testemunhas relataram que o relacionamento era conturbado, com episódios frequentes de ciúmes, ameaças e agressões físicas contra a vítima, que aparecia com ferimentos visíveis em diversas ocasiões.
No dia do crime, após uma discussão iniciada dentro da residência do casal, os dois seguiram em direção à roça. Durante o trajeto, Valdinar levava uma espingarda e, em determinado momento, atirou contra Ingride, atingindo-a no peito. A jovem morreu no local, sem chance de defesa.
O Ministério Público sustentou que o crime foi motivado por razões fúteis e cometido em razão do gênero, caracterizando o feminicídio. Para os promotores, o réu agiu para exercer domínio sobre a vítima e eliminar qualquer possibilidade de resistência.
Após os debates entre acusação e defesa, o Conselho de Sentença decidiu pela condenação de Valdinar da Silva. A pena foi fixada em 19 anos de reclusão em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade.
O juiz determinou a execução imediata da pena, e o réu foi conduzido por policiais militares ao sistema prisional logo após o término do julgamento.