
O juiz Luiz Emílio Braúna Bittencourt Júnior, titular da 2ª Vara da Comarca de Pedreiras, decretou na manhã desta segunda-feira (13) a prisão preventiva do prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT). O gestor é acusado de assassinar o policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos com disparos de arma de fogo durante a 35ª Vaquejada do Parque Maratá, realizada no último dia 6 de julho, no município de Trizidela do Vale.
A decisão judicial foi proferida após análise do pedido apresentado pelo delegado Márcio Coutinho, responsável pela condução das investigações. Por possuir foro por prerrogativa de função, o caso tramitou inicialmente no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), mas foi redistribuído para uma das Câmaras Criminais Isoladas por determinação do desembargador Jorge Rachid, em conformidade com o Regimento Interno da Corte.
João Vitor se apresentou à Polícia Civil no dia seguinte ao crime, alegando legítima defesa. Segundo sua versão, o policial estaria armado e teria feito ameaças contra ele. No entanto, testemunhas do caso e o comandante do 19º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Claudiomiro Aguiar, desmentiram a justificativa. De acordo com o oficial, o PM foi alvejado pelas costas e não portava arma no momento em que foi abordado.
Após a repercussão do caso, o prefeito protocolou um pedido de afastamento do cargo por 125 dias, sob a justificativa de abalo emocional e necessidade de tratamento psiquiátrico. Apesar do afastamento temporário, João Vitor continua recebendo o salário correspondente ao cargo.
Com a ordem judicial em vigor, a Polícia Civil deve cumprir o mandado de prisão preventiva a qualquer momento. Informações de bastidores indicam que equipes policiais já estão mobilizadas para localizar o gestor, que segue afastado da administração municipal.
O caso tem gerado forte comoção e repercussão em todo o estado, tanto pela gravidade dos fatos quanto pelo envolvimento de uma autoridade pública em um crime de homicídio contra um agente de segurança.