
O bilionário Elon Musk oficializou sua entrada na política norte-americana ao anunciar, no dia 4 de julho feriado da Independência dos EUA, a criação de um novo partido político: o “Partido da América”. Segundo Musk, o objetivo da nova legenda é romper com a polarização entre democratas e republicanos, oferecendo uma alternativa para “devolver a liberdade ao povo americano”.
A iniciativa foi divulgada por meio de sua própria rede social, o X, e, segundo ele, foi incentivada por uma enquete com seus seguidores, que aprovaram a proposta com margem de 2 para 1. Musk vem criticando sistematicamente o sistema político dos EUA, que, segundo ele, funciona como um “partido único disfarçado de dois”, e declarou que os cidadãos devem se libertar da dependência de estruturas partidárias tradicionais.
A criação do novo partido marca também um rompimento definitivo entre Musk e o atual presidente Donald Trump, com quem mantinha uma relação de proximidade até maio. Desde que rompeu publicamente com o governo, Musk tem se posicionado contra medidas apoiadas por Trump, incluindo um pacote orçamentário aprovado pelo Congresso. Em declarações anteriores, Trump chegou a ameaçar cortar subsídios de empresas de Musk e até insinuou sua deportação.
Musk declarou que pretende focar, inicialmente, em disputar cadeiras estratégicas no Congresso dos EUA: entre duas a três no Senado e de oito a dez na Câmara dos Deputados, mirando as eleições de meio de mandato de 2026. O anúncio provocou reações no mercado financeiro. A gestora Azoria Partners, por exemplo, adiou o lançamento de um fundo ligado à Tesla, alegando insegurança quanto ao foco de Musk em suas empresas. Embora ainda não tenha revelado a data oficial de lançamento do partido, o empresário prometeu “diversão” e pediu sugestões públicas para a estruturação da legenda.