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Gestão de Iracema Vale afunda Assembleia Legislativa em escândalos e submissão política

A condução da Assembleia Legislativa tem sido alvo de críticas cada vez mais intensas, e o novo episódio envolvendo um contrato milionário de fretamento de helicóptero só aprofunda a crise. A postura da presidente Iracema Vale tem revelado uma Casa sem autonomia, marcada por alinhamento automático ao Palácio dos Leões e forte influência do entorno do governador oligarca Carlos Brandão — especialmente de seu irmão, Marcus Brandão, figura apontada como um dos principais articuladores do governo. A percepção pública é de que a Assembleia deixou de atuar como poder independente para transformar-se num espaço politicamente submisso, fragilizando o papel institucional que deveria desempenhar.

De acordo com reportagem do Portal G7, Iracema Vale agora está no centro de uma nova polêmica envolvendo indícios de má gestão dos recursos públicos. O contrato firmado entre a Assembleia e a empresa North Star Táxi Aéreo Ltda, inicialmente no valor de R$ 3,84 milhões, previa o fretamento de um helicóptero para atender demandas da presidência e dos deputados. Porém, após uma sequência de aditivos, o montante final se aproximou de R$ 20 milhões,  um salto que provocou indignação e questionamentos sobre a real justificativa para tamanho gasto.

Especialistas do setor aéreo ouvidos pelo portal afirmam que o valor de mercado para esse tipo de aeronave costuma variar entre R$ 7 mil e R$ 8 mil por hora de voo. No contrato da Alema, entretanto, a estimativa pode alcançar até R$ 16 mil por hora, mais que o dobro do preço praticado, o que gerou suspeitas de superfaturamento. Para a população, que convive diariamente com precariedade na saúde, na educação e na infraestrutura, esse tipo de despesa soa como afronta e reforça a sensação de que o dinheiro público está sendo manejado sem responsabilidade.

A situação se agrava com a ausência de transparência. Até o momento, a Assembleia não divulgou quantas horas de voo foram realizadas, quem utilizou a aeronave nem os destinos percorridos — informações básicas para qualquer contrato público dessa natureza. A justificativa oficial se limita a alegações genéricas de “deslocamentos urgentes” dentro e fora do estado.

De forma ainda mais questionável, surgiram relatos de que a deputada Iracema Vale teria sido vista desembarcando de uma aeronave semelhante à contratada pela Assembleia para cumprir agenda política de pré-campanha em Chapadinha,  algo que, se confirmado, não possui qualquer relação com compromissos institucionais. Esse tipo de episódio reforça a necessidade urgente de esclarecimentos públicos e acende o alerta sobre o possível uso de estrutura paga com recursos do Legislativo para fins eleitorais.

Diante das inconsistências, dos valores considerados fora da curva e das suspeitas levantadas, é imprescindível que os órgãos de fiscalização examinem com rigor a conduta da presidente Iracema Vale, garantindo transparência, responsabilidade e o devido controle sobre o uso de dinheiro público.

O caso expõe, mais uma vez, uma gestão vista como frágil, politicamente dependente e incapaz de oferecer respostas claras à sociedade maranhense. Em vez de fortalecer o Legislativo, episódios como esse só ampliam a desconfiança e o desgaste público em torno da presidência da Casa.

Vídeo de Iracema Saindo da aeronave:

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