O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decretou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro depois que o sistema de monitoramento registrou uma violação na tornozeleira eletrônica usada por ele. Um alerta soou pouco após a meia-noite deste sábado, e, para o STF, o dano ao equipamento sugere uma tentativa de fuga.
Poucas horas mais tarde, Bolsonaro foi detido em sua casa, em Brasília. Na decisão, Moraes argumentou que a movimentação no condomínio, fomentada por uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro na noite anterior, poderia facilitar a evasão. O ministro também destacou que a residência do ex-presidente está relativamente próxima à Embaixada dos Estados Unidos — o que, na sua avaliação, eleva o perigo de Bolsonaro buscar abrigo diplomático, especialmente num momento em que o processo está em sua fase final e a execução da pena pode ser decretada a qualquer momento.
Depois da prisão, Bolsonaro foi conduzido à Superintendência da Polícia Federal e acomodado em uma sala especial. Moraes deixou claro que essa medida é cautelar: não significa o início imediato do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses, referente à sua condenação por tentativa de golpe de Estado.
Ex-presidente Jair Bolsonaro é preso preventivamente pela PF



