Mulheres assumem o comando: Maranhão é o 2º estado com mais lares chefiados por elas

O levantamento mostra que 54,6% dos lares maranhenses são chefiados por mulheres, enquanto os homens representam 45,4%. Com esse índice, o Maranhão ocupa o segundo lugar no país, atrás apenas do Amapá, que lidera com 55,5%.
O crescimento é expressivo: em 2010, apenas 41,3% das famílias maranhenses tinham mulheres como responsáveis pelo domicílio.
Os dados também revelam uma mudança na estrutura familiar. As famílias estão menores — lares com seis ou mais pessoas caíram de 14,1% em 2010 para 5,8% em 2022, enquanto os domicílios com apenas duas pessoas aumentaram de 20,5% para 30,4%. Em São Luís, o percentual é ainda maior, chegando a 35,1%.
Outro destaque é o aumento das uniões consensuais, aquelas em que os casais vivem juntos sem oficializar o casamento. No Maranhão, 52,6% das uniões são desse tipo, bem acima da média nacional, de 38,9%.
O estado tem 2,77 milhões de pessoas vivendo em algum tipo de união, o que representa 48,7% da população. Entre os casados, 24,1% possuem apenas registro civil, 17,7% são casados no civil e religioso, e 5,6% apenas no religioso.
Segundo o IBGE, o aumento das uniões informais reflete mudanças sociais, culturais e econômicas, como o alto custo dos casamentos tradicionais e o novo papel da mulher na sociedade.
O estudo mostra ainda que a maioria das pessoas em união conjugal tem entre 30 e 44 anos, e as mulheres são ligeiramente mais numerosas, representando 50,1% desse grupo.
O Censo 2022 também registrou 18.754 pessoas vivendo em uniões homoafetivas no Maranhão, sendo 58,9% mulheres e 41,1% homens.
Para o IBGE, os números confirmam uma mudança estrutural nas famílias maranhenses: mais lares sob liderança feminina, menos integrantes por domicílio e uma diversidade crescente de formas de união.





