Durante a conversa, os dois líderes discutiram tarifas de importação, parcerias econômicas e mecanismos de cooperação em áreas estratégicas. O governo brasileiro saiu otimista com a possibilidade de redução das sobretaxas aplicadas a produtos nacionais, o que poderia beneficiar setores como o agronegócio, a siderurgia e a indústria de manufaturados.
Além do tema comercial, Lula e Trump abordaram a importância de restaurar o diálogo diplomático entre os países e de ampliar o intercâmbio tecnológico e energético. Segundo interlocutores, o clima foi positivo, e ambos demonstraram interesse em retomar uma agenda de cooperação pragmática, deixando de lado as tensões que marcaram os últimos anos.
O encontro também teve forte significado político. Para o Brasil, reforça a posição de Lula como articulador internacional e defensor de uma política externa independente. Para Trump, representa uma oportunidade de se reposicionar como liderança global e fortalecer laços com a maior economia da América do Sul.
Embora o resultado imediato ainda dependa de negociações técnicas entre as equipes dos dois governos, o tom amistoso da reunião foi interpretado como um sinal de estabilidade e abertura. A expectativa é que, nas próximas semanas, sejam anunciadas medidas concretas voltadas à facilitação do comércio e à atração de investimentos.
Em meio às incertezas da economia global, o encontro entre Lula e Trump indica um recomeço pragmático nas relações entre Brasil e Estados Unidos — uma tentativa de transformar o diálogo político em ganhos reais para ambos os países.



