Ligações indesejadas: como lidar com esse incômodo cada vez mais frequente
Saiba como bloquear chamadas de telemarketing, evitar golpes e garantir o seu direito à privacidade

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Brasil está entre os países que mais recebem chamadas de telemarketing no mundo. Somente em 2024, foram mais de 60 bilhões de ligações automáticas, muitas delas realizadas por robôs.
Cadastrando o número para bloquear chamadas
Desde 2019, o consumidor pode se cadastrar no serviço “Não me Perturbe”, uma plataforma gratuita criada para bloquear ligações de operadoras de telecomunicações e instituições financeiras. Basta acessar o site www.naomeperturbe.com.br, informar o número de telefone e selecionar as empresas das quais não deseja mais receber contato.
Para chamadas de outros setores, como lojas, planos de saúde e financeiras não participantes do programa, é possível registrar reclamações diretamente nos Procons estaduais ou no site consumidor.gov.br. As empresas que desrespeitam as normas podem ser multadas.
Golpes e cobranças indevidas
Outro tipo de ligação indesejada que tem crescido é a de golpistas que se passam por bancos, operadoras ou órgãos públicos. Especialistas recomendam nunca confirmar dados pessoais ou bancários por telefone, mesmo que o número pareça oficial.
No caso de cobranças insistentes por dívidas já quitadas ou inexistentes, o consumidor pode exigir a interrupção das ligações com base no Código de Defesa do Consumidor. Se o assédio continuar, a orientação é procurar o Procon e registrar queixa formal.
Direitos do consumidor
O direito à privacidade e ao sossego está garantido pela legislação brasileira. Nenhuma empresa pode ligar insistentemente para um cliente sem autorização. Algumas operadoras também oferecem, em seus aplicativos, filtros para bloquear chamadas automáticas ou de números desconhecidos.
Informação é a melhor defesa
Evitar esse tipo de transtorno exige atenção e atitude. Cadastrar o número, registrar reclamações e nunca compartilhar dados são as principais formas de se proteger.
Em tempos de hiperconectividade, defender o próprio espaço, inclusive o telefone, é um ato de cidadania. Afinal, o celular deve servir para aproximar as pessoas, não para invadir a rotina com ligações indesejadas.