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Escândalo! Saiba quem são os presos pela PF com R$ 500 mil que seria lavagem de dinheiro de emendas no Maranhão

Presidente de grupos culturais e assessora parlamentar são flagrados com R$ 400 mil em espécie

A Polícia Federal prendeu em flagrante, na manhã de sexta-feira (17), três pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de desvio e lavagem de dinheiro por meio de saques em espécie de emendas parlamentares estaduais. As prisões ocorreram em uma agência do Banco do Brasil no Centro de São Luís, logo após o saque de R$ 400 mil. Foram detidos Maria José de Lima Soares, presidente do Boi de Maracanã e representante da Banzeiro Grande Produções LTDA; Larissa Rezende Santos, assessora da deputada estadual Andreia Rezende (PSB); e Ivan Jorge da Piedade Madeira, presidente da Companhia de Cultura Popular Catarina Mina.

Segundo a Polícia Federal, os recursos sacados deveriam ser utilizados em projetos sociais de instituições culturais, mas investigações apontam que as verbas foram desviadas por meio de entidades de fachada contratadas para a realização de eventos que provavelmente nunca aconteceram. O total de valores já identificados como desviados ultrapassa R$ 2 milhões. O dinheiro sacado na sexta-feira, de acordo com a apuração, seria destinado à Companhia Catarina Mina para a realização de um evento em comemoração ao Dia das Crianças, que não foi realizado. A assessora Larissa Rezende foi flagrada tentando levar a quantia em espécie à Assembleia Legislativa do Maranhão, onde, segundo a PF, entregaria a mochila com R$ 400 mil à deputada estadual Helena Duailibe (PP).

Os presos foram conduzidos à Superintendência Regional da PF e autuados em flagrante por lavagem de dinheiro, conforme o artigo 1º da Lei nº 9.613/1998. A pena pode chegar a 10 anos de reclusão. As investigações indicam que parlamentares direcionavam emendas para entidades que, após o repasse dos recursos, realizavam saques fracionados e dissimulados, ocultando a real destinação dos valores. A PF apura ainda o envolvimento de outros agentes públicos e o possível uso das verbas para caixa dois eleitoral, além da utilização de recursos federais.

Em nota, a deputada Helena Duailibe afirmou ter sido surpreendida com o caso, declarou que não conhece os envolvidos e disse não ter tido acesso ao inquérito. “Nunca recebi nem receberei valores indevidos de quaisquer naturezas”, afirmou. A defesa de Larissa Rezende declarou que os fatos serão esclarecidos no curso da investigação e alertou para os riscos de conclusões precipitadas. Disse ainda que a assessora é ré primária, possui emprego lícito e sempre atuou de forma ética e legal.

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