
A já combalida estrutura da Segurança Pública do Maranhão, que há tempos sofre com o abandono e o sucateamento, agora enfrenta uma denúncia ainda mais grave: o suposto uso político do sistema para espionar e monitorar adversários do governador oligarca Carlos Brandão.
Desde que o governador colocou o primo Maurício Martins à frente da Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA), a pasta mais sensível do governo passou a dar sinais de esgotamento institucional e moral. Fraco, inexpressivo e sem liderança, o secretário tem conduzido uma gestão marcada pela falta de resultados no combate à criminalidade e pela politização das forças de segurança.
Veja o vídeo depoutado Marcio Jerry expõe governo do oligarca Carlos Brandão :
Em vez de garantir a tranquilidade da população e o enfrentamento à violência crescente, a SSP-MA estaria sendo aparelhada para perseguir e vigiar opositores políticos. As denúncias, levantadas por parlamentares da oposição, indicam que agentes do próprio sistema de segurança estariam sendo usados em operações de espionagem, escutas ilegais e gravações clandestinas de conversas de figuras públicas que não seguem a cartilha do grupo político que comanda o Estado.
O caso ganhou repercussão nacional após o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) denunciar, em pronunciamento na Câmara dos Deputados, a existência de uma rede de “arapongagem oficial” operando dentro da Secretaria de Segurança. Segundo o parlamentar, há “fortes indícios de escutas criminosas e grampos telefônicos envolvendo agentes do Estado do Maranhão”, o que classificou como um atentado à democracia e à Constituição.
“Encaminhamos à Presidência desta Casa pedido para que a Polícia Federal investigue uma gravíssima e bem fundamentada suspeita de escutas criminosas e de grampeamento de comunicações havidas no estado do Maranhão, envolvendo agentes públicos. É lamentável, é gravíssimo e precisa ser esclarecido”, afirmou o deputado.
A própria nota divulgada pela SSP-MA após as denúncias apenas reforçou a desconfiança. Sem consistência e pobre em explicações, a resposta oficial não apresentou nenhum elemento concreto capaz de refutar as acusações. A nota é o reflexo da gestão apagada e desarticulada de Maurício Martins, que transformou uma das principais pastas do governo em um reduto de improviso e submissão política.
Enquanto isso, o sistema de segurança que deveria proteger o cidadão parece cada vez mais distante de sua função constitucional, servindo como instrumento de espionagem e controle político, em um cenário que expõe o desmonte institucional e ético da segurança pública no Maranhão.