
O governador Carlos Brandão (sem partido) protagonizou, neste fim de semana, mais uma cena constrangedora, marcada por falso moralismo e discurso vitimista, que revela o desespero e o desequilíbrio diante das investigações que podem selar o início do seu “enterro político” no Maranhão.
Durante um ato em São Raimundo do Doca Bezerra, Brandão tentou espalhar a narrativa de que estaria sendo vítima de uma suposta perseguição política, uma história que só ele parece acreditar. Enquanto isso, o que seu governo tem de fato protagonizado é um verdadeiro show de horrores: escândalos em série, denúncias de corrupção e irregularidades que já chamaram a atenção da Polícia Federal e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em processos que tramitam sob sigilo.
Num tom apelativo e claramente desesperado, o oligarca chegou a dizer que “Deus está com a mão sobre o Palácio dos Leões”, ao tentar justificar sua tese de perseguição.
Ora, seria mais digno se o governador poupasse o nome de Deus nesse tipo de discurso. O Deus da Bíblia, criador do céu e da terra, não compactua com corrupção, conchavos e a velha política que se enraizou no Maranhão sob o comando de Brandão e sua família. O “deus” citado por ele, ao que parece, não é o verdadeiro, aquele que zela por justiça. Se há alguma mão sobre o Palácio dos Leões, que seja a mão da justiça, pronta para corrigir o que está sendo feito de forma errada.
O cenário político para Brandão é crítico. Isolado, seu governo vem perdendo apoio popular e tentando sustentar-se por meio de narrativas fantasiosas. A estratégia de se vitimizar pode funcionar entre os aliados mais próximos, mas está longe de convencer a população, que assiste, cada vez mais indignada, a sucessão de escândalos e promessas não cumpridas.
Quanto mais Carlos Brandão tenta inflar discursos para distrair a opinião pública, mais expõe a fragilidade de uma gestão marcada por denúncias, favorecimentos e escassez de resultados concretos para o povo maranhense.
Veja o vídeo em que Brandão tenta se vitimizar: