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Brasil registra três novas drogas e acende alerta nas autoridades de segurança

O Brasil identificou recentemente três novas substâncias psicoativas em circulação no território nacional, acendendo um alerta nas autoridades de saúde e segurança. A descoberta foi feita pelo Sistema de Alerta Rápido (SAR), vinculado ao Ministério da Justiça, e resultou na inclusão oficial das drogas nas listas de controle em apenas 19 dias, um dos processos mais ágeis já registrados nesse tipo de monitoramento.

Duas das substâncias foram encontradas em produtos industrializados do tipo “Magic Mushroom Gummies” gomas com aparência inofensiva, semelhantes a balas de mascar, produzidas pela empresa norte-americana TRE House. Essas gomas psicotrópicas já haviam sido detectadas anteriormente em países como Bélgica, Canadá e Chile.

A terceira droga foi identificada em um exame toxicológico feito a partir do sangue de um paciente que consumiu um comprimido junto com bebida alcoólica. O laudo apontou a presença de n-pirrolidino protonitazeno, um opioide sintético da classe dos nitazenos, altamente potente, com histórico de circulação em países como Alemanha, França e também no Canadá.

Monitoramento e resposta rápida

Segundo o Ministério da Justiça, o trabalho do Sistema de Alerta Rápido tem sido fundamental para garantir ações preventivas e de controle em relação às novas drogas que ameaçam a saúde pública e a segurança do país. O SAR é alimentado por notificações enviadas por cidadãos, profissionais da saúde, autoridades policiais ou por meio de exames laboratoriais.

A secretária nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, Marta Machado, destacou que o sistema permite uma atuação quase imediata das autoridades. “O SAR é uma ferramenta de resposta ágil, que permite não apenas identificar, mas também restringir rapidamente a circulação dessas substâncias, minimizando riscos à população”, afirmou.

Acordos regionais e fronteiriços

Como parte das ações de combate às novas drogas, o governo federal também anunciou a criação de uma rede de alerta regional com países vizinhos, como Argentina, Chile e Paraguai. A intenção é estabelecer um sistema de comunicação eficiente para compartilhamento de informações sobre substâncias emergentes que cruzam fronteiras.

Inspirado em modelos internacionais bem-sucedidos, o acordo pretende acelerar o tempo de resposta frente a novas ameaças químicas. A meta é garantir que os alertas emitidos em um país parceiro cheguem aos demais em poucos dias, permitindo ações coordenadas de fiscalização, controle e conscientização.

Ameaça silenciosa

Especialistas em toxicologia alertam que o principal risco das novas drogas está na aparência inofensiva de muitos produtos, especialmente aqueles que imitam guloseimas, como gomas ou balas, e que podem atrair jovens e adolescentes. Além disso, muitos desses compostos são desenvolvidos com pequenas alterações químicas para burlar legislações, dificultando o trabalho das autoridades.

A classe dos nitazenos, à qual pertence a droga detectada no sangue do paciente brasileiro, é considerada extremamente perigosa por seu alto potencial de dependência e risco de overdose, mesmo em doses mínimas.

Combate em tempo real

A agilidade com que o Brasil conseguiu identificar e incluir as novas substâncias nas listas de controle é vista como um avanço na política de enfrentamento às drogas. A inclusão rápida, em menos de três semanas, é resultado do esforço conjunto entre órgãos de vigilância sanitária, polícias científicas e instituições de saúde pública.

Com o fortalecimento do SAR e a construção de uma rede regional, o país dá mais um passo no enfrentamento ao tráfico de drogas sintéticas e à proteção da população contra substâncias perigosas que podem se disfarçar de produtos comuns.

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