
O pedido foi protocolado na véspera da prisão de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, acusado pela Polícia Federal de ser um dos principais articuladores do esquema investigado pela Operação Sem Desconto. Segundo a PF, a rede criminosa utilizava entidades de fachada e sindicatos fictícios para aplicar descontos indevidos, gerando prejuízos estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
No documento, Kataguiri afirma que as investigações apontam não apenas para a atuação de organizações fraudulentas, mas também para possíveis vínculos políticos que teriam garantido proteção ao esquema. Para ele, a presença de Weverton na CPI é essencial para esclarecer contatos que manteve com Antunes e outros dirigentes investigados. O deputado lembra ainda que o atual secretário-executivo do Ministério da Previdência já atuou como chefe de gabinete do senador.
Weverton classificou o requerimento como uma tentativa de “criar narrativas” e disse não acreditar que o pedido será pautado. O parlamentar do PDT, que não é investigado, também destacou já ter acionado o Supremo Tribunal Federal contra Kataguiri por difamação.
Em nota, ele afirmou que conheceu Antunes em um churrasco em sua residência, onde o empresário foi levado por um convidado e se apresentou como integrante do setor farmacêutico. O senador admitiu ainda ter recebido o “Careca do INSS” em seu gabinete no Senado ao menos três vezes, em encontros relacionados à pauta da legalização da importação de produtos à base de cannabis para uso medicinal.