
O caso só veio à tona graças à sensibilidade de um vizinho, que, ao passar pelo local, percebeu a criança em situação degradante e acionou imediatamente as autoridades. A denúncia levou policiais até a residência, onde encontraram o menino preso por correntes e exposto ao relento, em condições de absoluta vulnerabilidade.
Segundo moradores da comunidade, essa não seria a primeira vez que a criança era vítima de maus-tratos por parte da mãe. Há relatos de outros episódios semelhantes, o que reforça a gravidade da negligência e da violência enfrentadas pelo menino.
Na delegacia, a mulher tentou se justificar alegando que o filho apresentava “comportamento alterado” e que teria usado as correntes como uma forma de “contenção”. A justificativa, no entanto, apenas reforça a brutalidade do ato que, além de criminoso, expõe uma falha no acompanhamento social da família.
A mulher segue presa e à disposição da Justiça. A criança, por sua vez, foi encaminhada aos cuidados do Conselho Tutelar, que agora analisa medidas protetivas para garantir sua segurança e integridade.
O caso acende um alerta sobre a urgência de políticas públicas eficazes de proteção à infância, especialmente em áreas rurais e comunidades vulneráveis, onde a violência doméstica pode passar despercebida por longos períodos. O resgate do menino é, antes de tudo, um grito por atenção e cuidado que não pode mais ser ignorado.