Anatel bloqueia mais de 15 mil sites de apostas ilegais no 1º semestre de 2025

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) retirou do ar 15.463 páginas de apostas ilegais durante o primeiro semestre de 2025. A ação foi realizada em parceria com a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF), como parte do esforço de regulação e combate ao mercado clandestino de jogos online.
Desde outubro de 2024, 78 empresas foram autorizadas a operar legalmente no país, sob monitoramento da SPA. De acordo com o relatório divulgado nesta semana, os sites e aplicativos licenciados registraram 17,7 milhões de apostadores, com uma movimentação de R$ 17,4 bilhões em receita bruta apenas nos seis primeiros meses do ano. A média de gasto por apostador no período foi de R$ 983.
Ainda segundo o balanço, R$ 3,8 bilhões foram arrecadados em tributos federais e destinações sociais — um dos principais objetivos da regulamentação do setor.
Além da atuação sobre plataformas ilegais, a fiscalização também mirou o sistema financeiro. No semestre, 24 instituições financeiras e de pagamento relataram 277 operações suspeitas e encerraram 255 contas bancárias ligadas a atividades de apostas não autorizadas. A SPA notificou 13 empresas, resultando no fechamento de 45 contas de operadores irregulares.
No campo da publicidade digital, o governo federal estabeleceu uma parceria com o Conselho Digital do Brasil, entidade que reúne grandes empresas de tecnologiia como Google, Meta, TikTok, Kwai e Amazon. Como resultado, foram removidas 112 páginas de influenciadores digitais e 146 publicações que promoviam plataformas não autorizadas.
O relatório também apresenta o perfil dos apostadores brasileiros: 71% são homens e 28,9% mulheres. A faixa etária predominante é de 31 a 40 anos (27,8%), seguida pelos grupos de 18 a 25 anos (22,4%) e 25 a 30 anos (22,2%).
Segundo o secretário de Prêmios e Apostas, Regis Dudena, a divulgação regular de dados é parte da política de transparência e controle do setor. “O balanço permite discutir a evolução do setor com base em evidências e não apenas estimativas”, destacou.