Governo prevê orçamento menor para o Bolsa Família em 2026 e mantém benefício mínimo de R$ 600

De acordo com a equipe econômica, não haverá reajuste nos valores pagos aos beneficiários no próximo ano. Desde que o programa foi relançado em março de 2023, durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os repasses não sofreram alterações.
Atualmente, o valor mínimo do benefício segue em R$ 600 por família, com adicionais cumulativos de:
R$ 150 por criança de até 6 anos;
R$ 50 por gestante;
R$ 50 por jovem entre 7 e 17 anos;
R$ 50 por bebê de até 6 meses.
Para receber o benefício, a renda mensal por pessoa da família deve ser de até R$ 218, e o Cadastro Único (CadÚnico) precisa estar atualizado.
Em agosto de 2025, cerca de 19,2 milhões de famílias foram contempladas pelo programa. No mesmo período de 2024, o número era superior: 20,9 milhões de beneficiários.
Regras mais rígidas
Em março de 2025, o presidente Lula assinou um decreto que alterou regras de acesso ao Bolsa Família, com foco no combate a fraudes e no aperfeiçoamento dos critérios, especialmente para famílias unipessoais (formadas por apenas uma pessoa).
O novo modelo, relançado em 2023, passou a adotar uma lógica proporcional ao tamanho da família. A medida é considerada mais justa por especialistas e visa aprimorar o uso dos recursos públicos.
A lei do novo Bolsa Família permite que os valores sejam reajustados a cada dois anos, mas o governo ressalta que o aumento não é obrigatório.