
A Polícia Civil do Maranhão indiciou, na segunda-feira (11), oito pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa envolvida com jogos de azar e lavagem de dinheiro, revelada durante a Operação Dinheiro Sujo.
A influenciadora Andressa Tainá Sousa, apontada como líder do grupo, está presa desde o dia 2 de agosto por descumprir uma ordem judicial que a proibia de utilizar redes sociais.
Segundo a investigação, a organização era estruturada em três núcleos: captação de recursos, lavagem de dinheiro e segurança armada.
Composição dos núcleos:
Captação de recursos: Tainá Sousa, o irmão Otávio Vitor Lima, o ex-namorado Neto Duailibe, além de Isabela Talita Nascimento Gonçalves e Marília Dutra Pinto. Eles eram responsáveis por divulgar os jogos ilegais nas redes sociais e atrair apostadores.
Lavagem de dinheiro: Incluía Tainá, seu pai Otávio Filho (Baiano), Otávio Vitor Lima, Neto Duailibe e a advogada Maria Angélica Roxo Lima. A polícia afirma que o grupo utilizava métodos para ocultar a origem ilícita do dinheiro e disfarçar a posse de bens.
Segurança armada: Era liderado por um homem identificado como Davi e contava com a participação da advogada Maria Angélica e do policial militar Lauanderson Silva Salazar. A função do setor era garantir a proteção das operações e intimidar ameaças.
O delegado Pedro Adão informou que a lavagem de dinheiro ocorria tanto pela ocultação de patrimônio quanto por meio de terceiros, dificultando o rastreamento financeiro.
Tráfico de influência e suposto plano de morte
Maria Angélica também foi indiciada por tráfico de influência. A investigação aponta que ela recebia pagamentos da influenciadora em troca de suposta proteção contra ações policiais, alegando que corrompia servidores da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC). No dia 29 de julho, ela teria enviado uma foto de dentro da sede da SEIC, afirmando que a “proteção” havia sido renovada. No dia seguinte, Tainá foi alvo da operação.
Durante as apurações, a polícia também encontrou uma lista com nomes de autoridades públicas e jornalistas “marcados para morrer”. O documento teria sido feito por Tainá, mas, segundo o delegado, não há provas de um plano concreto, apenas uma menção ao assunto em conversa com seu pai biológico. A polícia descartou qualquer vínculo com práticas religiosas ou líderes espirituais.