
O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) negou o pedido de liminar apresentado pela defesa da influenciadora digital Andressa Tainá Lima de Sousa, conhecida como Tainá Sousa, mantendo sua prisão preventiva. A decisão reforça a necessidade da custódia cautelar durante a investigação que apura o suposto envolvimento da influenciadora em uma organização criminosa especializada na exploração de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
Tainá foi presa no último dia 1º de agosto, em um escritório de advocacia localizado no bairro Calhau, em São Luís, como parte da Operação Dinheiro Sujo. A ação foi deflagrada pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) no dia 30 de julho e visa desarticular um grupo que utilizava redes sociais para promover apostas clandestinas, especialmente o chamado “jogo do Tigrinho”.
Durante as investigações, a polícia teve acesso a mensagens encontradas no celular da influenciadora, que indicariam possíveis ameaças a pessoas críticas ao esquema. Entre os supostos alvos citados estão o delegado Pedro Adão, responsável pelo caso; o deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB); o blogueiro Domingos Costa; e o jornalista Luis Cardoso, falecido em abril deste ano, vítima de um infarto. Em uma das mensagens, Tainá teria escrito: “Um já foi, faltam quatro”, em referência ao jornalista.
A Seic apura se o conteúdo representa apenas um desabafo ou se há indícios de um plano real de represálias violentas contra opositores do grupo. A linha investigativa inclui a possibilidade de atuação com ameaças ou atentados contra críticos da organização.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos celulares, computadores, documentos e dinheiro em espécie. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 11,4 milhões em contas bancárias ligadas à influenciadora e a outros quatro investigados, além do sequestro de bens de alto valor, incluindo veículos como Range Rover Velar, BMW, Toyota Hilux e uma moto aquática.
Tainá também responde a outras acusações, como furto qualificado e maus-tratos contra animais. Em uma das polêmicas mais recentes, ela foi alvo de críticas após publicar um vídeo forçando seu cachorro a ingerir bebida alcoólica.
A juíza Marcela Lobo Santana, responsável pela decisão, considerou a prisão preventiva essencial para garantir o bom andamento das investigações, impedir interferências no processo e resguardar a ordem pública.