Programa Voa Brasil vende só 1,5% das passagens ofertadas em um ano

Lançado oficialmente em julho de 2024, o programa foi direcionado, em sua fase inicial, a aposentados do INSS que não haviam viajado de avião nos 12 meses anteriores. A proposta oferecia passagens com valor fixo de até R$ 200, aproveitando assentos ociosos em voos com baixa ocupação, principalmente fora da alta temporada.
Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, os destinos mais procurados pelos beneficiários foram São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Cidades como Fortaleza, Salvador, João Pessoa, Maceió, Belo Horizonte e Natal também figuraram entre as mais escolhidas. Juntas, as regiões Sudeste e Nordeste concentraram 83% das reservas, 43% e 40%, respectivamente.
No total, o Voa Brasil utilizou 510 trechos distintos, com destaque para rotas entre capitais nordestinas e São Paulo, além de trajetos longos como Porto Alegre–Recife e São Paulo–Fernando de Noronha. Também houve registros de voos curtos, como a tradicional ponte aérea Rio–São Paulo e rotas regionais, como Salvador–Porto Seguro.
O programa foi inicialmente anunciado em março de 2023 pelo então ministro Márcio França, mas só começou a sair do papel após sua saída do ministério. Coube ao sucessor, o deputado federal Silvio Costa Filho, assumir o projeto em setembro daquele ano e iniciar a operação em 2024.
Sem gerar custos diretos ao governo federal, o Voa Brasil foi viabilizado por acordos com companhias aéreas, que se comprometeram a disponibilizar passagens a preços acessíveis para aposentados, aproveitando a ociosidade de voos com baixa demanda.
Apesar da baixa adesão inicial, o governo considera que o programa tem potencial de crescimento. A expectativa é de que, com ajustes operacionais e a inclusão de novos públicos, a iniciativa possa atingir um número mais expressivo de usuários nos próximos anos. (Fonte: Mercados e Eventos)