
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) condenou, nesta terça-feira, 22, o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) à inelegibilidade por oito anos, até 2032. A decisão está relacionada à campanha de Marçal para a Prefeitura de São Paulo nas eleições municipais de 2024.
Segundo a sentença do juiz Antonio Maria Patiño Zorz, Marçal cometeu diversas irregularidades durante o processo eleitoral. Entre os pontos citados estão declarações ofensivas contra a Justiça Eleitoral, ataques pessoais a adversários — como a acusação de uso de drogas contra Guilherme Boulos — e insinuações de corrupção envolvendo a candidata Tábata Amaral.
O juiz também apontou que Marçal incentivou apoiadores a imprimirem por conta própria materiais de campanha, como bonés e adesivos, o que viola as regras eleitorais ao transferir os custos da campanha para terceiros.
Essa é a terceira condenação de Marçal à inelegibilidade. Em fevereiro, ele já havia sido punido por abuso de poder político e econômico após oferecer apoio político em troca de dinheiro via Pix. Em abril, foi multado em R$ 420 mil por descumprir uma liminar no mesmo processo.
A ação mais recente foi movida pelo PSB, partido de Guilherme Boulos e Tábata Amaral. Em nota, a sigla afirmou que a decisão reforça a importância da igualdade entre os candidatos e do respeito às regras democráticas.