
Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão nos estados do Maranhão e Tocantins.
No Maranhão, a ação se concentrou na cidade de Imperatriz, onde foram presos um homem e uma mulher suspeitos de integrar o esquema.
De acordo com as investigações, as vítimas eram atraídas por anúncios de promoções relâmpago de passagens aéreas divulgadas em redes sociais.
Ao clicarem no link, eram redirecionadas para um site que imitava o de uma companhia aérea legítima.
Após selecionar os voos desejados, os consumidores eram orientados a realizar o pagamento via Pix para empresas de fachada com nomes semelhantes ao da empresa real.
Em seguida, as vítimas recebiam uma falsa comprovação da viagem. Muitas só percebiam o golpe ao chegarem ao aeroporto para realizar o check-in e descobrirem que não havia nenhuma passagem emitida em seus nomes — o que gerava prejuízo financeiro e transtornos emocionais.
As investigações tiveram início em novembro de 2024, após o registro de pelo menos cinco ocorrências em Taguatinga, no Distrito Federal.
As vítimas relataram ter caído no golpe após acessarem anúncios nas redes sociais.
Durante os trabalhos investigativos, os policiais identificaram dez integrantes da organização criminosa, que vinha atuando desde 2022.
O grupo usava laranjas para abrir empresas com nomes similares aos de companhias aéreas com o intuito de inspirar confiança nas vítimas no momento do pagamento.
Foi identificada uma movimentação financeira de aproximadamente R$ 200 mil nas contas bancárias ligadas ao grupo, que estão agora sob medida de sequestro judicial.
As vítimas dos golpes estão espalhadas por diversos estados, incluindo Ceará, Bahia, Amazonas e Mato Grosso do Sul.
Além das prisões realizadas em Imperatriz, no Maranhão, a “Operação Check-Out” também cumpriu mandados nas cidades de Augustinópolis e Araguaína, ambas no estado do Tocantins.
Os suspeitos irão responder pelos crimes de estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem ultrapassar 50 anos de reclusão.
A ação foi coordenada pelo 17º Distrito Policial da Polícia Civil do Distrito Federal, com o apoio das Polícias Civis do Maranhão e do Tocantins.