
Foram 11.886 ocorrências entre janeiro e abril, contra 13.387 no mesmo intervalo de 2024.
Os dados fazem parte da base oficial do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que consolida as informações repassadas pelos 26 estados e o Distrito Federal por meio do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).
A tendência de queda se mantém desde 2020, quando o país contabilizou 16.531 mortes violentas no mesmo período. Em cinco anos, a redução acumulada chega a 28%.
A categoria de mortes violentas inclui homicídios dolosos, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.
Entre os estados, 23 registraram queda nos números. O Distrito Federal (+21%) e o Rio de Janeiro (+6%) foram os únicos a apresentar aumento significativo. Mato Grosso do Sul (+1%) e Minas Gerais (0%) tiveram variações discretas.
MORTES CAUSADAS POR POLICIAIS TAMBÉM RECUAM
As mortes cometidas por policiais também caíram, embora em menor escala: uma redução de 2,5%, passando de 2.197 casos em 2024 para 2.142 em 2025 — o menor número desde 2022, quando foram registradas 2.116 mortes desse tipo.
Apesar da queda nacional, 11 unidades da federação registraram aumento nesse indicador entre janeiro e abril deste ano.
Os casos mais expressivos foram no Paraná, que mais que dobrou o número de mortes cometidas por policiais (de 69 para 147), no Rio Grande do Norte (de 29 para 46) e no Maranhão (de 31 para 45).
O Rio de Janeiro também teve forte alta, passando de 212 para 285 ocorrências.
Confira os estados com aumento:
Distrito Federal: 2 para 6
Paraná: 69 para 147
Rio Grande do Norte: 29 para 46
Maranhão: 31 para 45
Amapá: 46 para 66
Pernambuco: 17 para 25
Rio de Janeiro: 212 para 285
Alagoas: 25 para 32
Amazonas: 16 para 20
Santa Catarina: 33 para 37
Rondônia: 0 para 15
Outros 16 estados apresentaram redução, sendo Roraima o único a zerar os registros (de 5 para 0).
MORTES DE AGENTES DE SEGURANÇA CRESCEM
Em contraste com a queda geral nos índices de violência, o número de agentes de segurança pública mortos violentamente aumentou levemente: de 70 em 2024 para 71 em 2025.
O Rio de Janeiro foi o principal responsável pelo aumento, mais que dobrando seus casos — de 18 para 37 —, o que representa 52% de todas as mortes desse tipo no país no primeiro quadrimestre do ano.
Apenas dois estados registraram alta: o próprio Rio de Janeiro e a Paraíba (de 1 para 2 mortes).
Outros dez estados e o Distrito Federal tiveram queda, e cinco unidades da federação mantiveram o mesmo número de ocorrências.
Nove estados não registraram nenhuma morte de agente de segurança entre janeiro e abril: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Essa é a primeira vez, desde 2017, que o Rio de Janeiro responde por mais da metade dos assassinatos de policiais, bombeiros, agentes penitenciários e outros servidores da segurança pública no país.
Em 2024, o estado foi responsável por 26% dos casos. O recorde anterior havia sido em 2023, com 39%.