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Trump critica China, defende tarifas e diz que só suspendeu tarifas para evitar colapso econômico do país

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a elevar o tom contra a China e seu presidente, Xi Jinping, nesta quarta-feira (4), em uma publicação na rede social Truth Social. Em meio a um tenso embate comercial, Trump acusou Pequim de não cumprir os termos de um acordo temporário firmado no mês passado, que suspendeu tarifas bilionárias entre os dois países por 90 dias.

“Eu gosto do presidente Xi da China. Sempre gostei e sempre gostarei, mas ele é muito duro e extremamente difícil de fazer um acordo”, escreveu o republicano. A fala ocorre poucos dias após Trump acusar diretamente o governo chinês de violar o pacto comercial. Na última sexta-feira (30), ele afirmou que a China “violou totalmente” o acordo e deu a entender que Pequim não está comprometida com os ajustes definidos entre as potências.

Em 12 de maio, representantes dos Estados Unidos e da China assinaram um acordo que reduziu drasticamente as tarifas recíprocas entre os dois países, em vigor desde o início de abril. O pacto foi fechado após uma rodada de negociações de alto nível em Genebra, na Suíça. Segundo os termos, as tarifas norte-americanas sobre as importações chinesas caíram de 145% para 30%, enquanto as taxas aplicadas pela China sobre produtos americanos foram reduzidas de 125% para 10%. O acordo tem validade de 90 dias e pode ser revisto ao fim desse prazo. Na ocasião, Trump afirmou que não esperava retomar o tarifaço após o período de suspensão. O ex-presidente disse ainda que a China já havia concordado em abrir mais seu mercado para os produtos dos EUA, mas que isso levaria tempo para ser formalizado.

Em sua publicação, Trump disse que só aceitou suspender as tarifas como forma de evitar um colapso econômico na China. “Há duas semanas, a China corria grave perigo econômico! As tarifas altíssimas que estabeleci tornaram praticamente impossível para a China vender no mercado dos Estados Unidos, que é, de longe, o número um do mundo. Muitas fábricas fecharam e houve, para dizer o mínimo, ‘agitação civil’. Eu vi o que estava acontecendo e não gostei. Para eles, não para nós. Fiz um acordo rápido com a China para salvá-los do que eu pensava que seria uma situação muito ruim, e eu não queria que isso acontecesse”, publicou Trump.

Horas após o novo ataque de Trump, o governo chinês reagiu por meio de sua embaixada em Washington. Em nota, o porta-voz Liu Pengyu pediu que os EUA suspendam as “restrições discriminatórias” contra a China e reafirmou a necessidade de manter os consensos obtidos durante as negociações em Genebra. “Desde as negociações econômicas e comerciais entre China e EUA em Genebra, ambos os lados têm mantido comunicação sobre suas respectivas preocupações nos campos econômico e comercial em várias ocasiões bilaterais e multilaterais em vários níveis”, declarou.

A tensão comercial entre os dois países se intensificou em abril, quando Trump anunciou um pacote de tarifas que impactou dezenas de nações — com a China sendo o principal alvo. As tarifas americanas sobre produtos chineses saltaram inicialmente para 34% e, depois, para um total de 145%, após sucessivas escaladas. Como resposta, Pequim impôs tarifas igualmente altas sobre importações norte-americanas, chegando a 125%. A disputa gerou forte instabilidade no comércio internacional e pressões internas em ambos os países.
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