fbpx
LocalNacionalPolítica

Rompimento do PDT com o governo Lula na Câmara fragiliza projeto político de Weverton Rocha

A decisão da bancada do PDT na Câmara dos Deputados de se afastar da base governista e adotar uma postura de independência que, na prática, pode se traduzir em oposição marca um novo e delicado capítulo na relação do partido com o governo Lula. O movimento, anunciado por unanimidade pelos 17 deputados pedetistas, cria um embaraço político direto para o senador maranhense Weverton Rocha, cuja estratégia para a reeleição em 2026 passa pelo apoio do Palácio do Planalto.

Embora no Senado o PDT insista em manter uma posição de apoio ao governo petista, a realidade é que a legenda possui apenas três senadores: Weverton Rocha (MA), Leila Barros (DF) e Ana Paula Lobato (MA). Com presença minoritária na Casa Alta, o partido tem pouca influência nos rumos da agenda governista no Congresso, o que amplia a fragilidade de seu posicionamento.

O rompimento ocorre em meio à crise gerada pelo escândalo das fraudes no INSS, que provocou desgaste significativo à imagem do governo federal. O caso, que inicialmente parecia restrito à área social, agora reverbera no campo político e amplia a instabilidade na base aliada de Lula.

Leia mais sobre o escândalo no INSS:

Força-tarefa apura R$ 90 Bilhões em consignados ilegais

No Maranhão, o impacto é ainda mais direto. Weverton, que já vinha enfrentando dificuldades políticas locais, vê sua posição enfraquecida com o distanciamento do PDT em nível nacional. A situação se agrava com a adesão até do deputado federal Márcio Honaiser, aliado muito próximo de Weverton que aderiu ao movimento de rompimento com o governo, evidenciando fissuras até mesmo entre seus apoiadores mais fiéis.

A conjuntura atual compromete o plano de Weverton de contar com o apadrinhamento político do presidente Lula para viabilizar sua reeleição. Com a crescente competitividade pelo Senado no estado, nomes como o governador Carlos Brandão, André Fufuca, Roberto Rocha, Hilton Gonçalo e Lahesio Bonfim surgem como potenciais concorrentes de peso, todos com significativa presença eleitoral.

Diante desse cenário, o projeto político de Weverton Rocha se vê em xeque. A perda de influência dentro do próprio partido e o possível afastamento do apoio presidencial tornam sua permanência no Senado uma missão cada vez mais difícil. Resta saber se conseguirá reverter o jogo político a tempo de viabilizar sua candidatura com musculatura suficiente.

Leia mais:

Crise abala relação entre PDT e governo Lula; bancada adota postura de independência na Câmara

Mostrar mais

Deixe um comentário

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo