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Preço do café moído dispara 77,78% em 12 meses e deve continuar subindo, aponta IBGE

O preço do café moído segue em forte alta e acumulou uma disparada de 77,78% nos últimos 12 meses até março, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Somente nos três primeiros meses de 2025, o produto já encareceu 30%. Em março, a alta em relação a fevereiro foi de 8%, indicando que a pressão nos preços continua intensa.

Em fevereiro, a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) já havia alertado para um cenário de aumento contínuo no valor do café.

Segundo a entidade, a indústria ainda não havia repassado integralmente os custos da matéria-prima — o café em grão — o que resultaria em novos reajustes nos meses seguintes.

De acordo com o IBGE, o aumento nos preços é reflexo da alta no mercado internacional, impulsionada por uma redução na oferta global de café.

O Vietnã, um dos maiores produtores do mundo, enfrentou problemas climáticos que prejudicaram sua safra, o que contribuiu para a elevação dos preços globais.

No Brasil, a produção de café em grão também deve cair 5,8% nesta safra, em comparação com a anterior.

Apesar disso, houve um leve aumento de 1,8% na estimativa de produção em relação à previsão feita em fevereiro.

A principal responsável pela queda é a variedade arábica, cuja safra foi estimada em 35,8 milhões de sacas de 60 kg — um recuo de 10,6% em relação ao volume colhido em 2024.

O fenômeno é explicado, em parte, pela bienalidade negativa da cultura, ou seja, um ciclo natural de baixa produtividade após uma safra mais robusta.

Além disso, os produtores de arábica enfrentaram desafios climáticos severos em 2024, como calor extremo e seca, que comprometeram o desenvolvimento das lavouras.

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