
Uma delas está bem a nosso alcance e já a estamos estudando. Trata-se da exportação de frutas, um mercado cada vez maior e mais rentável. O nosso estado, pela sua natureza e seus recursos naturais, tem grandes
oportunidades, muito rentáveis, na incontornável e obrigatória luta pela descarbonização da atmosfera. Podemos citar a recuperação de áreas degradadas, que gera muito dinheiro, oriundos não só da venda de produtos produzidos pelas variedades escolhidas para o replantio, mas, também, e principalmente, porque essa atividade gera créditos de carbono, um papel cada vez mais valioso. Créditos de carbono também podem ser adquiridos por manter trechos de florestas resguardados e protegidos, com as arvores em pé, combatendo o desmatamento, o que pode ser feito através do setor privado. O mesmo, se aplica para a proteção dos manguezais.
Mas, tem muito mais. Eu recebo todos os dias muitas comunidades com projetos empresariais, sejam de empresas, cooperativas, associações, com experiências em todo o tipo produtos do babaçu, por exemplo, que vão desde tecidos compostos, do poliéster tirado do fundo de garrafas Pet, misturados a palha do babaçu, com adição de soja, tecidos com estamparia forte e com poder de mercado. Cosméticos refinados do óleo do babaçu, como cremes para pele, como também para o cabelo. E principalmente alimentos, já em processo mais avançado de industrialização, uma grande variedade deles, todos com mercado muito grande. Daí vem o apropriado nome, que define o Maranhão, “Maranhão uma floresta de alimentos e de descarbonização do planeta”.
Eu fiz, durante os dias da semana santa, uma extensa pesquisa com ouso de inteligência artificial (AI), sobre nossas confirmadas possibilidades nessa área. Vou mostrar o que encontrei:
Partindo das seguintes perguntas, que elaborei: O babaçu, batata doce, mandioca, milho, e algumas outras, são especes que podem ser classificadas como riquezas naturais e podem contribuir muito com alimentos e produtos comerciais importantes? elas servem para recuperar áreas degradadas e obter créditos de carbono?
Sim, as espécies mencionadas – babaçu, batata doce, mandioca e milho – são riquezas naturais importantes e podem contribuir significativamente para a produção de alimentos e produtos comerciais.
Além disso, essas espécies também podem ser utilizadas na recuperação de áreas degradadas, já que têm capacidade de fixarcarbono no solo e promover a regeneração de ecossistemas. Isso pode resultar em créditos de carbono, que são usados em projetos de compensação de emissões de gases de efeito estufa.
É importante destacar que a recuperação de áreas degradadas e a promoção da agricultura sustentável são medidas importantes para a preservação do meio ambiente e a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
Em seguida pesquisei sobre o cacau. A plantação de cacau, além de produzir alimentos nutritivos, pode ser usado para recuperar áreas? geram créditos de carbono nesse caso? que outras especes também possuem essas características?
Sim, a plantação de cacau pode ser usada para recuperar áreas degradadas, uma vez que é uma cultura perene que pode ajudar a melhorar a qualidade do solo e fornecer sombra para outras plantas. Além disso, o cacau é uma cultura importante para a conservação da biodiversidade, uma vez que pode ser cultivado em sistemas agroflorestais que incluem outras espécies vegetais e animais.
Quanto aos créditos de carbono, a plantação de cacau pode gerar créditos de carbono se o projeto atender a determinados critérios. Por exemplo, se a plantação de cacau for estabelecida em uma área que anteriormente era usada para pastagem ou agricultura intensiva, a captura de carbono pela floresta em crescimento pode ser elegível para créditos de carbono. No entanto, a elegibilidade para créditos de carbono depende de uma série de fatores, como o tipo de solo, o clima e a localização do projeto.
Além do cacau, outras espécies que possuem características semelhantes incluem árvores frutíferas, como a banana e a manga, e espécies florestais nativas, como o mogno e o cedro. Essas espécies podem ser utilizadas em sistemas agroflorestais e ajudar a melhorar a qualidade do solo e fornecer sombra para outras plantas.
Como podemos explorar nossas riquezas naturais oriundas das plantas e das vegetações? e o que precisamos para isso?
Explorar as riquezas naturais oriundas das plantas e vegetações é uma tarefa importante e pode ser feita de forma sustentável, respeitando o meio ambiente e garantindo a preservação das espécies. Para isso, é
necessário seguir algumas medidas importantes, tais como:
Estudos de biodiversidade: É fundamental conhecer a biodiversidade de uma determinada região para identificar as espécies que são mais relevantes para a exploração econômica e, também, para garantir a preservação das espécies ameaçadas.
Investimentos em pesquisa: É necessário investir em pesquisas para entender melhor as propriedades das plantas e vegetações e como elas podem ser usadas em diferentes setores, como a indústria farmacêutica, alimentícia, cosmética, entre outras.
Desenvolvimento de tecnologias: O desenvolvimento de tecnologias é fundamental para aprimorar a exploração das riquezas naturais oriundas das plantas e vegetações, garantindo maior eficiência e reduzindo os impactos ambientais.
Ações de conservação: É importante tomar medidas para garantir a conservação das espécies e do meio ambiente, evitando a degradação dos ecossistemas e o desaparecimento de espécies.
Bem, como podem ver rapidamente nesse artigo não nos faltam oportunidades de investimento e criação de empregos com boa remuneração. São imensas nossas possibilidades. Acredito que poucos estados nos igualem em oportunidades.
Nos faltam, porém, coisas essenciais, como centros tecnológicos para o desenvolvimento de estudos e procedimentos e preparação de pessoal especializado. Mas, tudo está ao nosso alcance. Para isso criamos na
SEDEPE um setor internacional, para ir buscar ajuda e cooperação internacional. Temos grandes parceiros para isso como a APEX, o SENAI, Escolas Técnicas, e agencias internacionais de diversos países assim como o BID, a GIZ e tantas outras e ajuda do Ministério de Relações Exteriores, com seus especialistas nas negociações
internacionais. E passa a ser fundamental criar o nosso SENAI-CIMATEC como o da Bahia.
Mas, precisamos preparar capital humano, e para isso nada é melhor do que a Casa de Esperanças como mostrei no artigo anterior que preparará meninos e meninas pobres, a maioria da nossa população, para suprir essa grande e incontornável lacuna que segura o nosso desenvolvimento econômico sustentável.