
O especialista e líder em Telecomunicações do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Guillermo Alacon, esteve reunido com o staff da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (SEDEPE) para uma exposição sobre as possibilidades de desenvolvimento para o Maranhão com adesão a um cabo submarino de fibra ótica de alta capacidade.
Guillermo Alarcón é engenheiro de telecomunicações da Escuela Superior de Ingeniería Mecánica y Eléctrica, do Instituto Politécnico Nacional do México, com mestrado em alta administração pela Escola Superior de Comércio de Lyon, França e Diploma em Matemática Financeira pela FINDES no México, com trinta anos de experiência no setor de telecomunicações.

A SEDEPE tem feito contatos com diversas instituições para que o estado possa obter financiamento e ser inserido no primeiro cabo submarino de fibra ótica de alta conexão que conectará a América Latina à Europa, com novo ramal até a Guiana Francesa. Além do BID, a Secretaria sob a liderança do ex-governador José Reinaldo Tavares, já realizou, no início do mês uma reunião com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Depois do Ceará, o Maranhão e o Pará agora estão pleiteando a inclusão na mesma ligaçãodo cabo submarino, que passará pelo litoralbrasileiro, margeando o litoral piauiense, maranhense, paraense, amapaense até chegar à Guiana.
O investimento foi tratado como a grande oportunidade para o estado, capaz de proporcionar desenvolvimento de habilidades digitais para educação conectada, iniciativas de inclusão digital, Governo Digital com oferta de serviços públicos digitais e a possibilidade de criação de um cinturão digital no Maranhão habilitando a ZPE de Bacabeira para atração de data centers e negócios com impulso da tecnologia. O estado poderá se consolidar como polo de inovação e tecnologia, promovendo geração de empregos qualificados. De acordo com dados apresentados por Guillermo Alarcón, na Indonésia, os empregos cresceram 5,5% e o PIB 5,4% com a alta conectividade.
Outros aspectos justificam a urgência do projeto: o Maranhão tem o pior acesso à internet do Brasil, segundo o Índice Brasileiro de Conectividade (IBC) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). É o estado com a menor densidade de acessos Banda Larga do Brasil. 90,8% dos habitantes do Maranhão não têm conectividade significativa. Segundo o IBGE, em 2024, 80,2% dos maranhenses tinham internet em casa: é o menor índice da região Nordeste.
Para o secretário José Reinaldo Tavares, trata-se da oportunidade do século que o Maranhão não pode perder sob pena de sofrer as consequências do atraso em diversos setores.