
O tenente-coronel José Lisboa, do Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA), destacou nesta segunda-feira (20), em entrevista à TV Mirante, duas falhas críticas no Rio Anil Shopping, relacionadas ao incêndio ocorrido no sábado (18).
De acordo com o oficial, a administração do shopping não obteve o licenciamento adequado para a área onde estavam sendo realizados serviços elétricos, apontada como a provável origem das chamas. Além disso, o sistema de sprinklers (chuveiros automáticos de combate a incêndios) não entrou em operação durante o incidente.
Em razão dessas irregularidades, o estabelecimento foi multado em R$ 34 mil. No entanto, essa não é a primeira vez que o Rio Anil Shopping enfrenta problemas desse tipo. No incêndio ocorrido em março de 2023, que resultou em duas mortes, o shopping também foi penalizado, com multas de apenas R$ 5 mil por família de cada vítima.
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Efeito limitado das multas
Apesar das sanções aplicadas, o impacto das penalidades parece insuficiente para prevenir novas ocorrências. “Esse tipo de punição não reflete a gravidade da situação, especialmente quando estamos falando de um empreendimento que movimenta milhões de reais”, afirmou Lisboa.
O oficial também chamou a atenção para a necessidade de uma responsabilização mais severa, inclusive criminal, dos gestores do empreendimento. “Enquanto medidas mais firmes não forem tomadas, a segurança dos consumidores continuará em risco”, alertou.
O caso levanta novamente a discussão sobre a fiscalização e a implementação de políticas de segurança em grandes empreendimentos, que deveriam priorizar a integridade de clientes e trabalhadores, acima de interesses financeiros.