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No futuro o que fará um estado ser competitivo?

Por José Reinaldo Tavares

Desde que o governador Carlos Brandão assumiu o governo e que concordou em criar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que hoje todos os estados tem, sugerimos que ao nome fosse acrescentado “E Programas Estratégicos”, tal a complexidade de nossos problemas, que começamos a debater
ainda no governo de Flávio Dino na EMAP, com nossa reuniões semanais com um grupo de professores universitários, e na FIEMA, no grupo “Pensar o Maranhão”, criado pelo presidente Edilson Baldez, e coordenado pelo vice-presidente Fernando Renner, que nos dedicamos a estudar todas as possibilidades de desenvolvimento socioeconômico ao nosso alcance. E principalmente aquelas em que temos possibilidades de sermos altamente competitivos.

Eu com toda a bagagem adquirida na vida profissional e política, enfrentando desafios enormes, seja na construção planejada de Brasília, onde demos soluções que melhoraram muito a cidade com a construção de mais de 30 trevos viários com seus inúmeros viadutos, com a construção do Parque da Cidade, e da
Via Estrutural entre tantas ações todas muito bem recebidas pela população, assim como a concepção, e parte da construção da Ferrovia Norte Sul, no Ministério dos Transportes, em missão delegada pelo presidente José Sarney, que aprendemos que essas estruturas ferem profundamente interesses inconfessáveis de grupos estruturados economicamente, onde se armam terríveis contestações como a que combateu ferozmente a
Ferrovia Norte Sul, tudo baseado em dados falsos e mentirosos, e hoje, tantos os benéficos de sua construção que todos os estados querem estar ligados a ela, é unanimidade nacional. A mesma coisa aconteceu quando dirigi o DNOS com o projeto da Transposição de Águas do Rio São Francisco para o Semiárido do Nordeste, que os jornais do Sul e Sudeste chamavam de Transamazônica Hídrica e hoje todos são a favor, acabou o flagelo das secas. Quando fizemos a Ponte da Integração de Imperatriz com o estado de Tocantins, para impedir a
construção, esses grupos convenceram o IBAMA que nós íamos acabar com os mangues na região, até que mostramos que lá não havia mangue nenhum.

Com toda essa experiência aprendi que obras estruturantes no Nordeste sempre sofrerão combate renhido de todos os tipos, financiados sabe-se lá por quem, seja explorar o petróleo da Margem Equatorial, portos, ferrovias estradas, centros de lançamento, isso tudo acontecendo na região mais pobre do país, justamente a que precisa de projetos estruturantes para combater a pobreza e a desigualdade social e de investimentos estruturantes.

Voltando a SEDEPE, chamamos alguns profissionais em diversas áreas de interesse e procuramos imediatamente encontrar quais eram as nossas melhores chances para nosso desenvolvimento econômicos e social sustentável. E logo chegamos à conclusão que erámos muito fortes na logística de transportes, basicamente por termos condições de operar os maiores navios do mundo por termos portos profundos, que ninguém mais tem,
e esses navios, pelo seu tamanho cobram os menores fretes possíveis. Isso que era possível somente no Terminal Portuário da Ponta da Madeira da Vale que transporta unicamente minério de ferros. Com o projeto do Terminal Portuário de Alcântara e a ferrovia moderna que o liga a FNS, nos dá a maior vantagem possível para o nosso desenvolvimento socioeconômico sustentável, porque todos os tipos de carga poderão usufruir das imensas vantagens dessa logística. Sem isso o Maranhão perde a sua maior vantagem para finalmente ter seu desenvolvimento sustentável, nós que somos o estado mais pobre entre todos com quase 70 % de nossa população ganhando menos de 1 salário mínimo por mês.

As outras vantagens são as possibilidades de produzir energia renovável a preços competitivos, tanto solar quanto eólica, a produzir hidrogênio verde sustentável, a ter 55% da água do Nordeste, a produzir amônia Verde e Fertilizantes verdes, e termos grandes áreas apropriadas para a produção de energia renovável, termos gás natural, termos petróleo, e termos um agronegócio firme, além de linhões que levam tudo a ZPE. Esta uma vantagem fundamental para produzir e exportar produtos manufaturados verdes, inclusive aço verde. E tudo isso está integrado em um projeto de desenvolvimento sustentável para o estado.

Tão importantes quanto esses só as Casa de Esperanças, e Raízes Solares. O primeiro para cuidar das famílias pobres, preparando-as para saírem da pobreza o que modificará o Maranhão. Mas é preciso de recursos para atacar o problema. O segundo Raízes Solares é para um fundo para apoiar as comunidades quilombolas, projeto que teve como espelho o que a China está fazendo para acabar com a pobreza que ainda existe lá. Esse é
projeto importantíssimo que as comunidades quilombolas ajudaram a preparar e que estamos próximos de realizar. Isso muda o Maranhão de maneira sustentável.

Esse é o maior projeto ou ação em favor das comunidades quilombolas do estado, um exemplo do que pode ser feito em beneficio real para incorporá-los definitivamente a nossa sociedade, o Maranhão que deve muito a eles, mas para isso é preciso recursos que estamos prestes a resolver.

Se todas as possibilidades que temos para o desenvolvimento acontecerem toda a comunidade, pela primeira vez ganhará junto, não só a classe de cima.

Ninguém ficará para trás.

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