
O prefeito de Igarapé Grande, João Victor Xavier (PDT), acusado de assassinar o policial militar Geidson Thiago da Silva dos Santos, passou por exame de corpo de delito na manhã desta terça-feira (15), no Instituto Médico Legal (IML), em São Luís. Após o procedimento, ele foi conduzido à Central de Custódia da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e aguarda a decisão da audiência de custódia, que definirá sua transferência para uma unidade do sistema prisional maranhense.
A prisão preventiva do prefeito foi decretada na segunda-feira (14) pelo juiz Luiz Emílio Braúna Bittencourt Júnior, da 2ª Vara da Comarca de Pedreiras, com base no artigo 312 do Código de Processo Penal, que trata da garantia da ordem pública.
Apresentação espontânea e alegação de legítima defesa
João Victor se apresentou de forma espontânea à sede da Delegacia Geral de Polícia Civil, em São Luís, após tomar conhecimento da decisão judicial. Em uma breve fala à imprensa, o prefeito alegou que agiu em legítima defesa, afirmando ter sido agredido pelo policial militar antes do disparo. A defesa confirmou que seguirá essa linha no decorrer do processo.
Crime ocorreu durante vaquejada no interior do estado
O homicídio aconteceu na noite do dia 6 de julho, durante a realização da 35ª Vaquejada do Parque Maratá, no município de Trizidela do Vale, interior do Maranhão. De acordo com as investigações, após uma discussão, o prefeito teria atirado contra o PM Geidson Thiago, que morreu no local.
Além da prisão preventiva, a Justiça também autorizou o cumprimento de mandados de busca e apreensão na residência de João Victor e no gabinete da Prefeitura de Igarapé Grande.
Processo segue em andamento
O caso está sob investigação da Polícia Civil do Maranhão, com acompanhamento do Ministério Público Estadual. João Victor segue afastado do cargo enquanto tramita o processo judicial.