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Um grande Resort para Barreirinhas

Por José Reinaldo Tavares

Conversando com o presidente do Conselho da Rede de Hotéis Vila Galé, de Portugal, Jorge Rebelo, sobre um resort em Barreirinhas, ele, que detém uma enorme experiências sobre localização de hotéis e lucratividade,
tanto em Portugal quanto no Brasil, me disse que um traslado de quatro horas era demasiado e impeditivo.

Estive vendo o belíssimo barco construído pelo estaleiro Bate Vento, de São Luís, para 230 passageiros que já está vendido para a Bahia. Esse barco resolveria dois grandes gargalos de transporte que temos hoje, tanto para
Alcântara, quanto para diminuir o tempo de traslado para Barreirinhas, Atins, Paulino Neves, Tutoia.

Para Alcântara saindo do espigão, chegaria no destino em 20 minutos e poderia incrementar fortemente o turismo, na cidade histórica, no Centro de Lançamentos e nas praias belíssimas das redondezas.

E saindo de São José de Ribamar, do cais já existente, chegaria rápido em Icatu onde seria feito o traslado para
os ônibus que já estariam esperando saindo direto em Morros e diminuindo em mais de uma hora e meia o
tempo para Barreirinhas. Isso poderia viabilizar a vinda de grandes resorts tanto para Barreirinhas quanto para Atins e adjacências. Daria um upgrade vigoroso a toda a região e é muito fácil de fazer com as trades e agências de turismo, em conjunto. Nós sabemos que os traslados para os resorts são feitos com micro ônibus o que resolveria o problema.

E um passeio pelo litoral, tanto ao leste ou a oeste de São Luís, por mar saindo do espigão? Seria um passeio lindo indo até Tutoia ou até a Floresta dos Guarás nas reentrâncias maranhenses. Ano passado barcos e
catamarãs vindo navegando de todo o mundo se encontraram em São Luís, e foram navegando até
Cururupu onde viram como é lindíssimo e cheio de surpresas o nosso litoral. Ficaram alguns dias ancorados
nas ilhas e promoveram corridas das canoas locais à vela, e deram prêmios aos vencedores, fizeram também
muitas ações com as comunidades, foi uma festa.

A excelência a que chegou a Bate Vento, permite sonhar com uma indústria naval maranhense, que poderia atender bem as nossas necessidades. Se a Margem Equatorial vier a ser explorada, por exemplo, com a
Petrobras fazendo aqui nos nossos portos uma base de suprimento, essa nossa indústria naval, seria um ponto de apoio para toda a enorme atividade em torno de plataformas de petróleo. Macaé, na costa do Rio de
Janeiro, que é base de suprimento para as plataformas de petróleo do Pré-Sal, é um bom exemplo do que pode
acontecer por aqui, com uma atividade intensa que não para, dia e noite.

O Maranhão com o segundo maior litoral do Brasil em extensão, menor apenas do que o da Bahia, um litoral
muito diferenciado, cheio de surpresas deslumbrantes, com praias lindas, ainda inexploradas, lençóis de areia, florestas e reentrâncias, tanto a oeste e a leste de São Luís, é um grande gerador de turismo, ainda pouco explorado. Um paraíso a ser bem explorado que para isso precisa de uma indústria naval bem adaptada para as
nossas condições.

 

O governador Carlos Brandão inaugurou uma nova etapa ao dar acesso a uma dessas praias lindíssimas que temos. Um bom planejamento de marinas, postos de abastecimento de combustíveis, oferta de suprimentos,
pontos de paradas com pousadas confortáveis, resorts, com internet banda larga, seria um avanço imenso no
desenvolvimento do estado. Nós temos tudo para isso e já temos uma tradição na construção naval como nos
mostrou nosso saudoso Andrès Peres. Produzimos aqui muitos cascos para escunas que navegam em Angra dos
Reis, o que em um programa como esse tão importante, com alta atração para investimentos no turismo, com potencial alto para gerar empregos, só dependemos de nós mesmos e da qualidade do programa de desenvolvimento de todo o litoral.

Mas para isso todos esses locais precisam ter sistema completos de água e esgotos sanitários.

Não podemos sujar o paraíso.

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