
O caso do vereador Domingos Paz (Podemos) segue repercutindo na Câmara Municipal de São Luís. Ele é acusado de assédio sexual contra uma adolescente de 17 anos, que segundo relatos, trabalhou na casa do parlamentar durante um período no ano passado. A denúncia foi apresentada na semana passada pela vereadora Silvana Noely (PSDB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa.
A suposta vítima detalhou em uma carta, que foi enviada a Casa, como ocorreu o suposto crime. O material vai passar por exame grafotécnico para avaliar a veracidade de carta.
Nesta semana, no plenário da Câmara Municipal de São Luís, foram apresentadas gravações em áudio apontando que uma mulher chamada Divina, que seria próxima do vereador Domingos Paz, procurou a suposta vítima oferecendo uma mesada no valor de R$ 1 mil em troca de que a suposta vítima gravasse o material em áudio e vídeo negando as acusações contra o parlamentar.
A procuradoria da Mulher na Câmara Municipal, por meio da procuradora afirmou que tem acompanhado o processo e que solicitou informações do caso nos órgãos responsáveis, até mesmo para a Comissão de Ética.
“Nós já solicitamos à própria Comissão de Ética o inteiro teor das denúncias protocoladas nesta Casa. A própria Resolução que criou a Procuradoria dá uma competência restrita ao caso. Sou advogada e estou agindo dentro da lei”, informou a vareadora e procuradora da mulher Karla Sarney.
A Comissão de Ética da Casa tem 90 dias para concluir a apuração que pretende esclarecer os fatos. “Estaremos atuando com muita cautela e tranquilidade para não causar nenhuma injustiça a nenhum dos lados”, disse o vereador Nato Junior presidente da Comissão de Ética.
“Dentro de 90 dias, a partir do trabalho da relatoria do vereador Aldir Júnior, saberemos quais são os fatos e se a decisão será pela abertura ou não do processo contra o representado”, explicou à presidência da Câmara.
De acordo com as informações, Domingos Paz já teve cinco inquéritos abertos contra ele em investigações sobre casos de assédio sexual. No entanto, dois deles foram arquivados, sendo um por falta de provas e outro por prescrição.
Domingos Paz nega acusações de Assédio Sexual
Durante o pronunciamento, o parlamentar negou o fato e exibiu no telão do plenário da Casa um áudio da suposta vítima, um vídeo do suposto pai dela e cópia de um prontuário do CAPS, que são instituições destinadas a acolher os pacientes com transtornos mentais.
“Eu tô muito tranquilo, eu já tenho conhecimento de tudo que está acontecendo. Como foi possível constatar em áudios e vídeos da vítima e do pai dela. Me acusam por uma carta de uma pessoa que mora no interior do estado e veio à São Luís para fazer um tratamento psiquiátrico”, disse o vereador.
Na exibição de um dos áudios, a vítima negou as acusações e afirmou que teria sido induzida a relatar o fato para supostamente incriminar o vereador. Em outro material, o pai dela também aparece negando as acusações e garantiu que sua filha poderia ter sido usada em um suposto plano para cassar o parlamentar.
“Quem vai pagar pelo prejuízo que estou sofrendo? Essa é a pergunta que eu deixo para a população de São Luís julgar de fato, quem tem acompanhado a minha luta neste parlamento municipal, sendo perseguido praticamente 24 horas”, completou Domingos Paz.