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Um passo gigantesco para o desenvolvimento

Artigo de José Reinaldo Tavares

Na quarta-feira dia 16 de agosto, em uma histórica reunião com
o Ministro dos Transportes, Renan Filho, no ministério em Brasília, ficou definitivamente acertado o apoio do governo brasileiro ao maior projeto de infraestrutura do país, que vai dotar o  do Arco Norte Brasileiro de seu primeiro projeto de logística de transportes no país, que permitirá em poucos anos que a produção crescente de grãos no Centro Oeste, onde Mato Grosso é o maior produtor do país, seja transportada 100% por via ferroviária (FICO-Ferrovia de Integração do Centro Oeste, Ferrovia Norte Sul, e a Ferrovia EF-317) para o Terminal Portuário de Alcântara, que foi escolhido pelo estudo do Banco Mundial a pedido do governo brasileiro, como o melhor porto para escoamento dos produtos da Ferrovia Norte Sul. Com isso o agronegócio brasileiro, ganha o maior apoio logístico que poderia ter, se igualando ao mesmo nível da logística de transporte de grãos dos EUA. O transporte dos grão passa a ser inteiramente por ferrovias, um avanço enorme pois, hoje, 80% é transportado para os portos por caminhões que é um transporte muito mais caro em grandes distâncias, e ter acesso pela primeira vez aos grandes navios, os maiores produzidos no mundo para o transporte de grãos, que não aportam em outro porto brasileiro e que baixam muito os custos de transporte, permitindo ao agronegócio o mesmo tipo de logística que Eliezer Batista montou para os minérios da Vale e a transformou em uma das mais lucrativas empresas do mundo. Chegou a vez do agronegócio.

Assim um projeto fantástico, binacional, totalmente privado e com financiamento privado, de uma empresa maranhense, com sede em São Luís, a Grã Pará Maranhão- GPM, que viu em
Alcântara o local ideal para um porto profundo, que tem um canal de acesso muito profundo que atende somente esse porto,mandou estudar na Dinamarca em simuladores especializados
toda a operação, manobras, acesso, nível das correntes marítimas, uma infinidade de perguntas técnicas para poder fazer o projeto que pudesse funcionar recebendo os maiores navios do mundo e projetou 8 berços com comprimento suficiente para acolher os maiores navios do mundo que precisam de grandes profundidades para navegar carregados, um amplo local para manobrar e um canal de acesso até o mar profundo.

Esse projeto é completo e só com a construção da ferrovia vai gerar 100 mil empregos também na área industrial e já tem sócios para produzir energia renovável, tanto para o seu
autoconsumo, como para produzir hidrogênio verde e amônia, e vai também explorar as estações conforme o modelo alemão da empresa, sócia do projeto, Deutsche Bahn uma das maiores operadoras e construtoras ferroviárias do mundo.

Mas, acima de tudo é muito rentável, e é um projeto fundamental para o desenvolvimento brasileiro, capaz de dar uma enorme rentabilidade ao agro brasileiro. Portanto é um
projeto que é diferente pois está entranhado aos maiores interesses permanentes do estado brasileiro o que foi compreendido de pronto pelo Ministro Renan Filho, que conseguiu ver rapidamente as enormes qualidades e possibilidades estratégicas para o desenvolvimento brasileiro.

O governador Carlos Brandão apoia incondicionalmente esse projeto, e só não esteve presente conosco devido a viagem ao exterior. Mas eu o mantenho a par de tudo o que estamos
fazendo e do processo acelerado para a implantação que está prevista para começar em 2026, pois precisa ainda de licenças ambientais. A GPM informa que os projetos necessários já estão
sendo feitos.

Isso que está acontecendo só tem paralelo na epopeia enfrentada pelo Governador José Sarney que queria que o governo federal fizesse o Porto do Itaqui. E que em uma memorável e histórica reunião no local previsto, com o Ministro da Marinha e com o Ministro dos Transportes Mario Andreazza, discutiram o porto. O Ministro da Marinha era contra a construção porque entendia que não havia um estudo queprovasse a viabilidade do porto. Sarney então, já prevendo isso,
levou um documento onde o Duque de Caxias, herói nacional, cobrava a construção do porto do Itaqui dizendo ser de alta importância para o desenvolvimento brasileiro. E ai com o
documento em mãos mostrou o importante estudo de viabilidade do Duque de Caxias, perguntando em seguida “se era possível duvidar do Duque de Caxias que dizia ser o porto
altamente viável e importante para o Brasil?”. Andreazza, um homem muito amigo do Maranhão e de Sarney, imediatamente arrematou: ”É ministro não tem como duvidar das palavras do Duque de Caxias. Vamos fazer o porto”.

E o do Porto Itaqui está aí até hoje sempre quebrando recordes de operações, peça fundamental no desenvolvimento do estado. Sonho muito com a hora em que poderemos juntar as operações portuárias do Itaqui e do TPA, com uma autoridade portuária estadual, que permita operar em conjunto os dois portos dando fluidez a dezenas de navios evitando que fiquem esperando para atracar e cobrando dos donos das cargas a taxa de demurrage, muito cara. Zezão, grande produtor de Balsas que o diga, um problema que independe das autoridades portuários que pouco podem fazer, no modelo atual. Essa junção atrairá capitais e
investimentos para a região tal como aconteceu na Bélgica, com a junção das operações dos portos da Antuérpia e de Bruges, que dinamizou a região e atraiu grandes investidores para o local.

É o início de uma nova alavancagem estrutural para o nosso desenvolvimento. Obrigado meu São José de Ribamar!

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