É nítido o crescimento da violência no Maranhão. O problema não vem de hoje, mas a população está apavorada com o número cada vez mais exponencial de assaltos, furtos, homicídios e feminicídios.
Na capital maranhense, o registro de crimes violentos aumentou consideravelmente. Conforme os dados do Índice Nacional de Homicídios, do site G1 aponta para o crescimento de crimes resultantes de mortes violentas. Em um comparativo entre os dados do ano passado com o mesmo período do deste ano, foram 27 mortes a mais.
‘’Eu como idoso de 64 anos, não me sinto seguro em andar em São Luís. Eu não me sinto seguro! Porque quem está lá dentro não está seguro, imagem quem está andando lá foram na rua. Do jeito que está tendo de mal aqui dentro da cidade e não tem providência de nada’’, disse um morador.
O caos no sistema de segurança vem de gestões anteriores, na qual colocaram secretários à frente da Secretaria de Segurança Pública, sem afinidade com a pasta e incompetentes para comandar o sistema de segurança.
Durante os últimos anos, a segurança pública foi sucateada e está totalmente fragilizada, trazendo uma grande dor de cabeça para a atual gestão, do governador Carlos Brandão, que está empenhado em recuperar as instituições das Polícias Civil e Militar.
Ao invés de fortalecer o sistema de segurança pública, os secretários anteriores, fizeram da SSPMA, um espaço para trampolim político e perseguição de adversários. O resultado do desastre administrativo está sendo contabilizado agora.
‘’Falta desde o básico, como colchões, ar-condicionado, até o mais complexo investimento em tecnologia’’, disse um representante da Adepol.
Além da falta de estrutura nas delegacias e batalhões de polícia que se arrastam desde gestões anteriores, falta mão de obra para atender a população.
A falta de políticas públicas voltadas para área de segurança nas gestões passadas desencadeou a ausência de 150 delegados, além de um número total de delegados bem abaixo do recomendado pelas Organizações das Nações Unidas (ONU).
Os casos de delegacias sem a presença de um delegado ocorrem no interior do estado, mas também na capital. Na delegacia da Vila Embratel, na área Itaqui-Bacanga, umas das regiões mais populosas de São Luís está sem um delegado para responder pela unidade.
‘’Muitos delegados por cordialidade aceitam responder por 1, 2, 3 e até 4 unidades, são humanamente impossíveis, é um faz de conta. Não tem como um delegado sozinho responder por mais de uma delegacia, quiçá em seis cidades. A qualidade da investigação fica prejudicada, o Ministério Público não tem como fazer uma denúncia de qualidade, e por sua vez o Poder Judiciário não tem como manter um investigado com a sentença firme’’, concluiu.
Ainda, parte de alguns segmentos da Polícia Civil seguem batendo cabeça, deixando de lado delegados experientes, com vasto trabalho comprovado para manter profissionais apenas por indicação e amizade, que tem prejudicado a instituição.
Essa falta de tato de quem conhece a polícia tem afetado e contribuído ainda mais para a situação degradante da PCMA.
Cutrim tinha razão!
Conforme a entrevista concedida ao JIB na semana passada, o delegado da Polícia Federal e ex-secretário da Segurança Pública, Dr. Cutrim tinha razão. (Leia aqui)
O perito em segurança pública deu seu ponto de vista sobre a alarmante situação do sistema de segurança do Maranhão e apontou soluções para reverter o quadro preocupante das instituições, sendo proposto uma reformulação.
Com a experiência e capacidade de quem entende de verdade de segurança pública, Dr. Cutrim tinha razão!
Governador Brandão atua para reverter a situação
O governador Carlos Brandão, que nada tem a ver com a situação, viu a bomba estourar no seu governo e tem feito de tudo para reverter a situação.
Somente nos últimos meses, o governo adquiriu novas viaturas, armamentos, além de outros equipamentos para reforçar a segurança pública do Maranhão.
Entrevista do Cutrim:
