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Críticas de Flávio Dino às urnas eletrônicas repercutem nas redes sociais

Dino foi relator de projeto de voto impresso e questionou resultado das eleições de 2010.

Viralizou desde desta segunda-feira (3) uma coletânea de postagens nas redes sociais do ministro da Justiça, Flávio Dino, onde ele questiona, critica ou expressamente denuncia fraudes em urnas eletrônicas brasileiras. Tweets de Dino, por exemplo, alertam para a “comprovação científica” de que as urnas brasileiras são “suscetíveis a fraudes”.

Atualmente um dos principais ministros do governo Lula, Dino tem criticado o ex-presidente Jair Bolsonaro por críticas ao sistema eleitoral, mas ainda não comentou a série de postagens que podem ser consideradas “ataques à democracia”, como ele próprio descreveu esse tipo de pronunciamento.

Em 2010, então filiado ao PCdoB, Flávio Dino ironizava a atuação do Supremo Tribunal Federal:

RT “@fdanyllo_65: No Maranhão, segundo o @Nobremendes a urna eletrônica terá a tecla “confirma, mas depende do STF”.”

O ministro de Lula é crítico histórico das urnas eletrônicas. Passou mais de 5 anos fazendo críticas às urnas e ao sistema eleitoral. Em 2012, já afirmava que o sistema de urnas eletrônicas “propicia diversas fraudes”:

Esse sistema propicia diversas fraudes, sem auditoria. RT “@ConversaAfiada: Urna eletrônica: a quem interessa? – bit.ly/J7FDbs

Em 2012, o então comunista Dino já denunciava a possibbilidade de fraude na urna e como poderia eventualmente “alterar o resultado final”.

Leia matéria completa:

Um dos assuntos mais comentados nas redes sociais são os tuítes antigos do atual Ministro da Justiça, Flávio Dino, onde o mesmo aparece questionando a segurança das urnas eletrônicas.

Vídeo:

O responsável pelo “resgate” destas publicações, que datam de 2009, 2012 e 2013, é o deputado Nikolas Ferreira (PL), que fez o questionamento em suas redes sociais, apresentando prints das referidas publicações.

Em 2010, Flávio Dino foi candidato nas eleições para governador do Maranhão pelo PCdoB e acabou derrotado por Roseana Sarney, então do PMDB, no primeiro turno.

A emdebista obteve 50,08% dos votos e obteve o percentual mínimo para não ocorrência do segundo turno.

À época, Flávio Dino entrou com uma representação junto ao TSE, questionando a ocorrência de votos “rápidos e tardios”, suscitando possibilidade de manipulação das urnas eletrônicas.

Sua representação foi arquivada pelo tribunal.

Enquanto deputado federal, Flávio Dino também foi relator da chamada “Reforma Política”, aprovada pelo Congresso em 2009, que previa a implementação do voto impresso a partir das Eleições de 2014 e que foi derrubado pelo STF em novembro de 2013 após reclamação do Ministério Público, que temia o comprometimento do sigilo.

O projeto foi amplamente criticado época, inclusive pelo próprio TSE. Em entrevista à Folha de São Paulo, em 14 de julho de 2009, Flávio Dino afirmou que a crítica do tribunal se dava em função ao medo de “perder poder” em uma “disputa” com o Congresso.

“Há uma natural disputa de poder entre Congresso e TSE, um certo atrito entre instituições que procuram regulamentar o processo. Quando a Câmara fixou diretriz para que a Lei Eleitoral fosse detalhada, para diminuir competências do TSE, é natural que isso seja lido como perda de poder. Tivemos o agigantamento das competências do Judiciário, o que gera um deslocamento do Congresso do centro das decisões. Quando o Congresso exercita essas competências, gera do outro lado a sensação de que perdeu espaço”, falou Dino, à época.

 

(Com informações do Diário do Poder e Rádio Jornal)

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