
Cansado de ‘malhar em ferro frio’, o vereador Raimundo Penha (PDT), anunciou nesta terça-feira (10), que está deixando a função de Líder de Governo da gestão Eduardo na Câmara Municipal de São Luís.
A decisão foi anunciada publicamente pelo parlamentar pedetista durante a sessão extraordinária marcada para votar o Orçamento de 2023.
Penha justificou a decisão alegando que quer focar no seu mandado.
“A votação do Orçamento [municipal] é a última matéria que representarei o governo nesta Casa, após a conclusão da votação do Orçamento estou deixando a liderança do governo”, disse em seu pronunciamento na Câmara.
Apesar da justificativa plausível, nos bastidores a história é outra. Assim como o vereador Marcial Lima, que lhe antecedeu na função, e deixou o cargo porque não tinha condições, pois o prefeito Eduardo Braide não recebe os vereadores, Penha também não conseguiu desempenhar a função.
O prefeito tem sido um grande problema para ele mesmo. A falta de interlocução com o Poder Legislativo tem causado diversos atropelos a gestão, entre eles, um desgaste sem precedentes.
Uma das maiores provas da falta de simpatia do prefeito para com os vereadores é a Lei do Orçamento Anual (LOA) – Orçamento de 2023, que deveria ser votado desde o ano passado, contudo, a matéria segue travada na Casa de Leis e deve ser aprovado com complicações.
A aprovação do Orçamento é importante, pois a partir dele será possível efetuar o pagamento dos servidores públicos municipais, por exemplo.
O vereador Domingos Paz (Podemos) que exercia a função de vice-líder de governo seguiu o mesmo caminho de Raimundo Penha e anunciou que não ficará na função.